Nesta sexta-feira (04), o Instituto de Defesa da Cidadania e da Transparência (IDCT) promoveu o webinar “Adiamento das Eleições: Desafios e Perspectivas”. A advogada e membro da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG), Isabelle Fagundes, mediou a conversa entre o assessor de juiz-membro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) e o presidente do IDCT, Gustavo Nassif.
Diante da pandemia, as eleições municipais de 2020 foram adiadas para o dia 15 de novembro (1° turno) e dia 29 (2º turno), além disso, muitos desafios apareceram. Questões como a campanha ser totalmente virtual, mobilização do eleitorado, dificuldade em convencer a população a se voluntariar para mesário, foram abordadas pelos debatedores. As perspectivas sobre o que vai acontecer durante esse processo também foram conversadas. Os participantes também responderam a várias dúvidas do público.
O presidente do IDCT iniciou a conversa apresentando o webinar, em parceria com o TRE-MG, além de explicar sobre o tema e o que seria discutido durante o programa. “Quanto melhor informado o cidadão, quanto melhor informado o candidato, certamente a gente sai das eleições com resultados muito melhores”, disse Nassif.
“O processo eleitoral é um processo natural de redefinição de quem governa, e quem governa deve governar de acordo com a vontade e os ideais dos governados”, completou o presidente do IDCT.
Isabelle explicou que cada eleição carrega suas peculiaridades, e este ano não seria diferente, tendo assim, inovações decorrentes da pandemia. “É importante lembrar que neste ano como vamos fazer uma eleição municipal, normalmente o contato do eleitor é mais corpo a corpo com o candidato, então diante da particularidade da pandemia vai ser uma inovação muito grande e um desafio, tanto para o eleitor quanto para o candidato”, lembra a advogada.
Segundo João Andrade Neto, alguns dos desafios presentes nestas eleições são a dificuldade de mobilizar o eleitorado, de convencer o eleitor a ir votar, os mesários voluntários, as fake news e também a questão dos candidatos que não “podem” ir para a rua fazer campanha. Além disso, ele lembrou que 30% das candidaturas dos partidos têm que ser de mulheres e que, diante da pandemia, àqueles que não cumpriram esta lei, agora precisa restringir o número de candidatos homens.
