O Magalu, maior ecossistema para comprar e vender no Brasil, vai expandir a venda de cursos online em seu superapp, com o lançamento do “Mundo Cursos”. Dentro da lógica de ter um superaplicativo, “onde se acha de tudo”, a companhia colocou o portfólio da ComSchool — escola de marketing online adquirida em 2020 — dentro da plataforma, ao lado de cursos de escolas parceiras, em uma estratégia de marketplace.
Estão disponíveis no superapp mais de 210 cursos de marketing digital, mídias sociais, e-commerce, educação, administração, artes, branding, comportamento, computação, culinária e direito. O Magalu faz apenas a venda do curso, que deve ser realizado na plataforma do seller. Segundo a consultoria Facts and Factors, o mercado de aprendizado online global atingiu 144 bilhões de dólares em 2019.
“Com o Mundo Cursos estamos incorporando novos negócios e novas oportunidades para o ecossistema Magalu, além de incentivar e permitir que nossos clientes aprimorem sua capacitação para o mercado de trabalho, por meio de um catálogo diversificado e com a facilidade digital”, afirma Robson Santos, gerente de P&D do Magalu.
Outras empresas adquiridas pelo grupo devem começar a aparecer dentro do superaplicativo do Magalu. Uma das integrações mais esperadas é a da aiqfome, aplicativo de entrega de comida, que deve fazer parte do superapp ainda este ano.
Além da expansão no ambiente online, o Magazine Luiza anunciou que vai começar um programa de reciclagem de eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Ao todo, 500 lojas da rede devem ter pontos de coleta até o fim do ano.
Nesses pontos de coleta, será possível descartar itens eletrônicos de todos os tamanhos, como fones de ouvido, secadores de cabelo e aparelhos de TV. Atualmente, a rede tem mais de 1.300 lojas espalhadas pelo país. A ação é fruto de uma parceria com a ABREE, que será responsável pela coleta e pelo destino do material a dez empresas já cadastradas.
O descarte será feito da seguinte forma: nas estações de coleta, menores e projetadas para autonomia do consumidor, será possível descartar itens pequenos. Já para os maiores -como geladeiras, por exemplo – será necessário contatar um vendedor no local, que ficará responsável por encaminhar o equipamento à associação.
A ação faz sentido em um dos países que mais produz lixo eletrônico no mundo. Segundo informações do relatório The Global E-waste Monitor 2020 da ONU, o Brasil é o líder na América Latina em produção desse tipo de resíduo, com 1,5 toneladas e apenas 3% de reciclagem desse montante.
Recentemente, outras varejistas também têm anunciado programas focados em economia de recursos naturais. A Natura e a The Body Shop já anunciaram que vão dar um produto novo a cada cinco embalagens descartadas e a Renner apostou na produção de um jeans sustentável, que tem chamado a atenção de investidores.
No Magalu, essa não é a primeira ação da empresa focada em sustentabilidade. No último ano, o Magalu anunciou a instalação de painéis solares para operar 214 lojas da rede. A empresa divulgou que investiu mais de R$18 milhões nas usinas que devem fornecer energia para o novo contrato.
Os movimentos vão em linha com a demanda de investidores por empresas que promovem ações voltadas ao ESG. Segundo a Bloomberg, fundos globais que investem ou adotam estratégias relacionadas à energia limpa, mudança climáticas e ESG aumentaram seus ativos sob gestão em cerca de 32% na comparação anual, para um novo recorde, de 1,82 trilhão de dólares em 2020. Diante de tanto potencial, empresas tentam se adaptar às novas prioridades.










