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Conversões de veículos para GNV cresce 74% em 2022; Registro de explosão com morte no RJ acende alerta

São quase 70 mil adaptações nos primeiros seis meses deste ano. (Foto: Intenet)
São quase 70 mil adaptações nos primeiros seis meses deste ano. (Foto: Intenet)

Pelo segundo ano consecutivo, desde o início da pandemia, o número de conversões de automóveis para Gás Natural Veicular (GNV) cresceu no primeiro semestre na comparação com os dados de 2020, são quase 70 mil adaptações nos primeiros seis meses deste ano. Isso mostra que o constante aumento do preço da gasolina vem estimulando uma migração consistente de veículos brasileiros para o GNV.

O número apontado pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) é 74,17% maior que o registrado no primeiro semestre de 2020. Em números absolutos foram 67.487 veículos modificados em 2022, frente a 38.747 em 2020. Em 2021, primeiro ano da alta do preço dos combustíveis, o aumento no mesmo período havia sido de 86,65%.

 O crescimento acende um novo alerta para um risco cada vez mais constante no trânsito brasileiro: a falta de fiscalização que permite que veículos que não realizaram a inspeção veicular obrigatória em automóveis movidos a GNV possam circular nas ruas do país, colocando em risco a vida de motoristas, passageiros, frentistas e pedestres. 

Explosão no Rio de Janeiro

Desta vez, uma explosão ocorrida na manhã desta terça-feira (26), na zona norte do Rio de Janeiro, Estado que possui 1,6 milhão de veículos movidos a GNV, causou um óbito e deixou uma pessoa ferida. O acidente ocorreu no momento do abastecimento e frentistas disseram que a explosão se deu no cilindro de gás do veículo, que estaria com suspeita de adulteração e falsificação. O carro ficou destruído, assim como a cobertura sobre as bombas de combustível do posto.

“A inspeção de segurança veicular é indispensável para a preservação das vidas no trânsito. Todos os acidentes em carros com sistemas GNV aconteceram, comprovadamente, em veículos que estavam em situação irregular e sem as inspeções periódicas em dia”, explica Aquiles Pisanelli, presidente da Associação Nacional dos Organismos de Inspeção. 

Alerta geral

Pesquisa inédita realizada no segundo semestre de 2021 pela Associação Nacional dos Organismos de Inspeção (Angis) e pelo Sindicato das Empresas de Inspeção Veicular do Estado de São Paulo (Sivesp), junto aos postos de abastecimento constatou que 78% dos veículos abastecidos com GNV estavam irregulares, podendo causar graves acidentes a seus ocupantes, aos usuários e aos frentistas de postos de combustíveis desta natureza. 

Segundo o estudo, realizado em postos de GNV de São Paulo e Grande São Paulo e que acompanhou cerca de 3 mil automóveis que abasteceram em 37 diferentes postos destas localidades, 70% dos veículos que se dirigiram aos postos não estavam registrados no Renavam como possuidores de GNV como combustível, ou seja, nunca fizeram a inspeção inicial obrigatória e nem qualquer verificação periódica de regularidade. 

A não realização da inspeção veicular – obrigatória para veículos movidos a GNV é determinada pela Lei Federal nº 16.649/2018 e pela Portaria do Inmetro /MDIC nº 122/2002 – pode causar uma série de danos aos ocupantes dos veículos, usuários de aplicativos ou serviço de transporte, e também aos próprios frentistas, como danificação de peças do automóvel, acidentes de trânsito, incêndios e até explosões com graves vítimas, como foi o caso de hoje!

 

 

 

M Dias Brancoconteúdo patrocinado