A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou uma alta de 1,3% em janeiro deste ano, atingindo 91,2 pontos, de acordo com dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o maior nível registrado desde abril de 2020, logo após o início da pandemia.
Os consumidores com renda de até dez salários mínimos apresentaram maior disposição para gastar, com uma alta de 1,9% na intenção de consumo em comparação a dezembro e de 25,7% na variação anual. A expansão do programa de transferência de renda do governo, com o pagamento mínimo de R$ 600 e um acréscimo de R$ 150 por criança até seis anos, é apontada como o motivo para o otimismo.
Por outro lado, as famílias com renda superior a dez salários mínimos pretendem reduzir o consumo, com uma queda de 1% na intenção. A CNC atribui esse pessimismo ao aumento de preços dos serviços, à perspectiva profissional e ao acesso mais difícil ao crédito.
A perspectiva de consumo apresentou a maior alta na comparação mensal, com uma elevação de 2,7%, refletindo o arrefecimento da inflação. Na comparação anual, o ICF subiu 23,1% em janeiro, destacando-se a alta de 25,1% no índice perspectiva profissional.
