São Paulo, a cidade mais populosa do Brasil, se prepara para presenciar o fim de uma era com a futura demolição de uma das maiores e mais luxuosas mansões da capital, localizada no bairro nobre do Morumbi. A antiga residência do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, com incríveis oito mil metros quadrados de área construída, deve dar lugar a um complexo de prédios residenciais, conforme revelado pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo.
Adquirida pelo empresário bilionário Janguiê Diniz, fundador da Ser Educacional, por R$ 27,5 milhões em leilão, a mansão tem um valor histórico inestimável. Com cinco andares, pé direito de nove metros, heliponto, adega com capacidade para cinco mil garrafas e gerador de energia suficiente para abastecer uma cidade de 20 mil habitantes, essa impressionante propriedade foi avaliada em US$ 50 milhões (cerca de R$ 250 milhões) durante a liquidação do extinto Banco Santos, instituição da qual Ferreira era presidente.
Edemar Cid Ferreira, cujo nome foi manchete de jornais econômicos e policiais em 2005 quando o Banco Central decretou a falência do Banco Santos, hoje vive uma vida que contrasta fortemente com seu passado opulento. Em uma virada dramática de eventos, o ex-banqueiro agora reside em um modesto apartamento alugado de 300 metros quadrados em São Paulo e afirma levar uma vida “espartana”, sem possuir mais nenhum bem físico em seu nome e dependendo do auxílio de seus três filhos.
Em 2011, após ser despejado, Ferreira deixou a mansão levando apenas um pijama. Apesar de várias tentativas fracassadas de leiloar a propriedade para sanar a dívida do banco falido, foi finalmente adquirida por Diniz em 2019.
Ainda não se sabe quando a icônica mansão será derrubada, mas sem dúvida marca o fim de uma era, um lembrete da ascensão e queda de um dos homens mais ricos do Brasil.