A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das pirâmides financeiras concluiu seu relatório. Dessa forma, indiciou diretores da Binance por supostos crimes contra o sistema financeiro brasileiro. Entre as acusações, destacam-se o uso de empresas de fachadas, dissimulação da origem do dinheiro dos investidores, omissão de informações e descumprimento da legislação brasileira.
De acordo com o relatório da CPI, a Binance montou uma “rede opaca de pessoas jurídicas” no Brasil. Além disso, o CEO global da empresa, Changpeng Zhao, controlava direta ou indiretamente essas empresas, com o suposto propósito de evasão ao cumprimento da lei. A maioria dessas empresas teria aparência de fachada, com domicílio físico, mas patrimônios diminutos, levantando suspeitas.
Os parlamentares ainda alegam que a Binance utilizou mecanismos, como contas-ônibus, que criminosos costumam usar para dissimular a origem dos recursos e realizar lavagem de dinheiro. Além disso, a corretora é acusada de operar derivativos ilegalmente no Brasil e de não cumprir as regras do Banco Central, como criar contas individualizadas para depósito de clientes.
A Binance nega as acusações, afirmando ser uma empresa internacional sem atividades no Brasil e colaborar ativamente com autoridades no combate a atividades suspeitas no ecossistema de criptomoedas. A exchange também está enfrentando ações judiciais nos Estados Unidos por violações regulatórias.