O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negocia dívida de R$ 23 bilhões com o Tesouro Nacional, prorrogando o prazo de pagamento até 2030, que anteriormente venceria em novembro. Essa dívida está relacionada ao saldo remanescente de empréstimos que ultrapassam R$ 400 bilhões feitos pela instituição durante governos petistas passados.
Depois de meses de negociações, os detalhes do acordo foram finalizados com o Ministério da Fazenda. O plano é que a dívida seja quitada em oito parcelas estendendo-se até o ano 2030. Segundo uma nota emitida pelo BNDES, “Sobre os R$ 23 bilhões restantes, houve um entendimento com o Ministério da Fazenda para um pagamento estruturado em oito parcelas até 2030”. No entanto, é importante ressaltar que o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Os empréstimos concedidos ao BNDES pelo Tesouro ocorreram com juros subsidiados. A extensão do prazo para pagamento dessa dívida pode resultar em perdas fiscais para o governo. O pagamento inicial dessa dívida estava programado para novembro do ano corrente.
Vale lembrar que o Tribunal de Contas da União (TCU) havia determinado anteriormente que os pagamentos fossem acelerados. Em resposta, o BNDES informou que já efetuou o pagamento de quase R$ 700 bilhões ao Tesouro, seja em dívidas, juros ou antecipações.
Quanto à captação de recursos, o BNDES tem como principal fonte o Fundo de Amparo ao Trabalhador, mas busca diversificar por meio de outras captações e empréstimos do exterior. A expectativa do banco é de desembolsar mais de R$ 100 bilhões este ano em empréstimos para empresas.