O dólar à vista fechou em alta de 0,55% nesta quinta-feira (11), cotado a R$ 5,441 na compra e a R$ 5,442 na venda. A recuperação veio após duas sessões consecutivas de queda, com o mercado reagindo aos dados recentes de inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI).
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos subiram apenas 0,1% em junho, alinhados com as expectativas do mercado. Contudo, em uma análise anual, a inflação recuou para 3,0%, abaixo da previsão de 3,1% e menor do que os 3,3% registrados no mês anterior. Os números sugerem uma desaceleração da inflação, aumentando as especulações de que o Federal Reserve (Fed) possa iniciar cortes nas taxas de juros na reunião de setembro.
Dólar no Brasil
Apesar dos dados positivos de inflação nos EUA, que normalmente resultariam em um dólar mais fraco, a moeda norte-americana se valorizou em relação ao real. O dólar comercial encerrou a R$ 5,441 na compra e R$ 5,442 na venda. Sendo assim, ocorreu um aumento de 0,55%. Durante o dia, o dólar variou entre uma mínima de R$ 5,371 e uma máxima de R$ 5,453. O dólar turismo também apresentou alta, sendo cotado a R$ 5,474 na compra e R$ 5,654 na venda.
Contrariando a tendência externa, onde o dólar caiu em relação à maioria das moedas, o índice dólar (DXY), que compara o dólar a uma cesta de moedas, caiu 0,55%, fechando aos 104,48 pontos na Bolsa de Nova York. A valorização do iene, que subiu mais de 2% após atingir o menor valor em 38 anos na véspera, influenciou as operações de carry trade. Nessas operações, investidores tomam empréstimos em moedas com juros baixos e investem em mercados como o Brasil, onde as taxas de juros são mais altas. No entanto, a recente queda do dólar, de R$ 5,70 para R$ 5,40, também limitou novas desvalorizações.
Perspectivas Futuras
A desaceleração da inflação nos EUA renovou as expectativas de cortes nas taxas de juros pelo Fed. Contudo, Mary Daly, presidente do Federal Reserve de San Francisco, mencionou que os dados mais amenos sobre a inflação são um “alívio”. Ela acrescentou que esses dados podem justificar cortes nas taxas de juros ainda este ano, dependendo da evolução das pressões inflacionárias e do mercado de trabalho.