O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 0,13%, aos 126.422,73 pontos nesta terça-feira, registrando a quinta baixa consecutiva em julho. Apesar do recuo, o índice acumula alta de quase 2% no mês, mostrando uma recuperação moderada em um cenário volátil.
O dólar à vista (USBRL) encerrou o dia em alta, cotado a R$ 5,6562, uma valorização de 1,25%. No cenário doméstico, a falta de novos dados econômicos fez com que os investidores direcionassem sua atenção para os resultados corporativos.
O destaque do dia foi o balanço financeiro do Santander (SANB11), que reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões no segundo trimestre de 2024. É um aumento de 44,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado superou ligeiramente as expectativas do mercado, que previam um lucro de R$ 3,2 bilhões, conforme dados da Bloomberg.
Altas e baixas no Ibovespa
As ações cíclicas, que são mais sensíveis às variações dos juros, sofreram com a abertura da curva de juros e o pessimismo dos investidores tanto localmente quanto no exterior. Sendo assim, o setor de varejo e consumo foi o mais afetado. O Carrefour (CRFB3) e a Petz (PETZ) registraram quedas superiores a 5%.
Em contrapartida, a Petrobras (PETR3; PETR4) conseguiu fechar em alta de mais de 1%. A empresa ajudou a amenizar as perdas do índice, impulsionada pela recuperação dos preços do petróleo. No mesmo setor, a Prio (PRIO3) destacou-se positivamente, liderando as altas do Ibovespa.
O setor de frigoríficos também registrou recuperação após acumular perdas na semana passada devido à confirmação de um caso de doença de Newcastle no Rio Grande do Sul pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que resultou na suspensão das exportações de frango para alguns países.
Além disso, a Vale (VALE3) teve uma leve alta, tentando corrigir as recentes perdas, mesmo diante das oscilações no mercado de minério de ferro.