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Bahia mira expansão para se tornar nova potência do agronegócio no Brasil

A Bahia busca consolidar-se como fronteira agrícola com incentivos fiscais, expansão de infraestrutura e um centro tecnológico voltado ao agronegócio.
Máquinas operando em campos de plantação. Bahia quer se tornar nova fronteira do Agro no país.
(Imagem: Jaelson Lucas / AEN-PR)

O agronegócio baiano está consolidado como pilar da economia local, representando 21,1% do PIB e 53,4% das exportações estaduais. Visando expandir ainda mais essa importância, a Bahia está adotando iniciativas para se tornar uma das principais fronteiras agrícolas do Brasil. Segundo Wallison Tum, secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura, “a Bahia é o estado com maior potencial de crescimento do agronegócio brasileiro, já que tem clima, recursos hídricos em abundância, além de terras e áreas a serem exploradas e cultivadas”, afirma Tum.

Incentivo à industrialização e investimentos no agronegócio

Para fortalecer o setor, o governo baiano planeja a instalação de uma indústria de processamento de suco de laranja, que deverá iniciar operações em 2025, conforme revelado à Exame. O empreendimento, inicialmente cogitado para o Mato Grosso, escolheu a Bahia devido ao potencial agrícola e aos benefícios fiscais oferecidos pelo estado. “Será uma indústria fundamental para o estado”, afirma Tum, que destaca a importância do acordo firmado para a instalação. Além disso, o estado prepara um pacote de incentivos fiscais para atrair outras empresas processadoras de suco de laranja, atualmente compradoras da fruta de agricultores baianos.

A qualificação da mão de obra também é uma prioridade. O governo pretende ampliar parcerias com a Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e o Sebrae Bahia para oferecer capacitação e profissionalização aos produtores, uma medida que, segundo Tum, visa sanar uma das principais dores do setor agrícola local.

Diversidade e potencial da agricultura na Bahia

O agronegócio baiano também é marcado pela diversidade, conforme reportado pela Exame. No oeste, municípios como Luís Eduardo Magalhães e Barreiras produzem soja, milho e algodão; na região de Ilhéus, o cacau é a principal cultura. A Bahia é a segunda maior produtora nacional de algodão, com 345,4 mil hectares plantados. Entre as cidades mais produtivas do agronegócio nacional, sete estão na Bahia, como São Desidério e Formosa do Rio Preto, reconhecidas pela produção de grãos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) incluiu a Bahia na área conhecida como Sealba — que engloba também Sergipe e Alagoas —, destacada pela qualidade do solo e condições climáticas favoráveis, especialmente para o cultivo de laranja nas cidades de Porto Real e Esplanada.

Tecnologia e infraestrutura para superar desafios

Apesar do crescimento, o agronegócio baiano enfrenta desafios de infraestrutura. Humberto Miranda, presidente da Faeb, aponta problemas como falta de conectividade e energia elétrica, além das deficiências na malha rodoviária, conforme análise da Exame. Embora os portos de Salvador e Ilhéus favoreçam o escoamento da produção, estradas ruins podem causar perdas de até 12% durante o transporte, segundo Miranda.

Para enfrentar esses obstáculos, o governo baiano planeja a inauguração de um centro tecnológico voltado ao agronegócio em 2026, em Jacobina. Com parcerias de cinco empresas, o centro será um espaço para práticas de recuperação de solo e cultivo de espécies nativas do semiárido. O projeto visa promover a pesquisa, capacitar a mão de obra e atrair investimentos privados, priorizando a sustentabilidade do setor.

Eventos e parcerias fortalecem o agronegócio baiano

De 7 a 9 de novembro, Salvador recebeu a E-Agro, feira que promove a integração entre o campo e a cidade, aproximando o público urbano do setor agrícola. Organizada com o apoio da Faeb, a E-Agro destacou o papel da tecnologia no agronegócio, reunindo produtos, inovações e soluções digitais para produtores de diferentes portes, conforme cobertura da Exame.

Durante o evento, Humberto Miranda destacou a importância da E-Agro para fortalecer a imagem do setor, que representa mais da metade do PIB baiano. Para ele, a feira “simboliza a diversidade e a força do agronegócio baiano”, proporcionando espaço para que pequenos produtores apresentem seus produtos e grandes empresas compartilhem conhecimentos.

O futuro promissor do agronegócio na Bahia

Com expectativas de crescimento na próxima safra, a Bahia busca consolidar sua posição como potência do agronegócio no Brasil. A projeção para a safra 2024/2025 é de 13,1 milhões de toneladas de grãos, um crescimento de 5,5% em relação ao período anterior. Para o secretário Tum, o futuro do agronegócio baiano é promissor, com potencial para atrair mais profissionais e investimentos, fortalecendo a economia e gerando emprego no interior.

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