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Tarifas EUA-Brasil: Senado dos EUA aprova fim de taxas adicionais impostas por Trump

O Senado dos Estados Unidos aprovou, em 28/10, uma resolução que revoga a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros — medida imposta pelo governo Donald Trump em julho de 2025. A sobretaxa se somava a uma tarifa já existente de 10%, elevando o custo total de importação para até 50% em diversos itens, como café, carne bovina e etanol. A proposta, aprovada por 52 votos a 48, segue agora para a Câmara dos Deputados americana, onde enfrenta resistência de aliados de Trump.
Senado dos EUA aprova fim das tarifas sobre importações do Brasil
Senado dos Estados Unidos aprova, em 28/10, resolução que revoga a tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros (Foto: Pexels)

Uma resolução que busca encerrar as tarifas adicionais sobre exportação, impostas pelos EUA ao Brasil, foi aprovada pelo Senado dos Estados Unidos. A votação, que aconteceu na última terça-feira (28/10), teve 52 votos a favor e 48 contra o texto que cancela as sobretaxas de 40% sobre importações brasileiras.

A proposta depende agora da aprovação na Câmara dos Deputados dos EUA antes de seguir para sanção presidencial.

De que se trata a tarifa adicional de 40%

A sobretaxa de 40%, decretada em julho de 2025, pelo presidente Donald Trump, foi acrescentada a uma tarifa já existente de 10%, elevando o custo total das importações brasileiras até 50%. A cobrança, em vigor desde 6 de agosto, atingiu produtos como café, carne bovina, etanol e frutas. Já produtos para aeronaves, suco de laranja e parte dos minerais ficaram isentos.

A resolução aprovada no Senado pretende revogar apenas a parcela adicional de 40%. Portanto, reduzindo as tarifas EUA-Brasil ao patamar anterior e restabelecendo competitividade para exportadores nacionais em segmentos estratégicos.

Tarifas EUA-Brasil e o impacto econômico

O texto busca revogar as tarifas adicionais impostas nos últimos meses pelo governo Trump sobre produtos brasileiros, consideradas indevidas pelos autores da resolução. Além disso, o aumento de 40% nas tarifas encareceu insumos e commodities brasileiras nos Estados Unidos. Nesse sentido, o senador Tim Kaine (Virgínia) em discurso de apoio citou que “principalmente o café” sofreu com os custos mais elevados.

Os autores do projeto argumentam que não há emergência econômica com o Brasil, o que comprometeria o uso da International Emergency Economic Powers Act (IEEPA) como base legal para as medidas.

A dinâmica política das tarifas impostas pelos EUA ao Brasil

Do ponto de vista institucional, a aprovação no Senado representa um revés para o governo do Donald Trump, que utilizou a IEEPA para impor as taxas. Cinco senadores republicanos aderiram à resolução, entre eles Rand Paul (Kentucky), além de nomes como Chuck Schumer, Jeanne Shaheen e Ron Wyden.

Agora, a atenção se volta para a Câmara dos Deputados, onde tramita uma medida que pode bloquear a votação da resolução — se essa barreira prevalecer, a revogação das tarifas ficará em suspenso.

Assista à reportagem e entenda melhor como a Câmara dos Deputados pode interferir na medida que anularia as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil.

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Próximos desdobramentos esperados

Caso a Câmara aprove a proposta, o presidente terá de sancionar ou vetar o texto — o que abrirá espaço para disputa jurídica e diplomática. Para o Brasil, essa virada tarifária significa recuperar terreno competitivo, sobretudo em commodities agrícolas que haviam sido penalizadas pelas taxas adicionais.

Cenário futuro e derivações da revogação

A retirada das tarifas dos EUA ao Brasil poderá elevar o volume de exportações brasileiras ao mercado americano. Além disso, pode ajustar cadeias produtivas e reduzir o custo para importadores nos EUA, especialmente no agronegócio. Já especialistas destacam que as relações comerciais entre Brasil e EUA entram em nova fase. Inclusive, com reflexos sobre acordos de livre comércio, tarifas de retaliação e reformas regulatórias.

A evolução dessa pauta nas câmaras legislativas dos EUA determina a velocidade e a amplitude desse ajuste. Portanto, a expectativa é que, se sancionada, a resolução abra caminho para negociações mais amplas sobre tarifas, subsídios e fluxos de investimento.

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