Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Líder canadense pede desculpas após novas tarifas de Trump contra o Canadá

Durante a cúpula da APEC, o primeiro-ministro canadense Mark Carney pediu desculpas a Donald Trump por uma campanha de Ontário que irritou Washington. O gesto ocorreu após o presidente americano impor tarifas de 10% sobre produtos canadenses e suspender as negociações comerciais bilaterais. O episódio reacende tensões entre aliados e expõe a fragilidade do T-MEC diante da nova fase protecionista dos Estados Unidos
Mark Carney e Donald Trump durante reunião sobre tarifas de Trump contra o Canadá
Durante a cúpula da APEC, Mark Carney pediu desculpas a Donald Trump após o aumento de 10% nas tarifas contra o Canadá gerar impasse nas negociações comerciais. Fonte: Heute

A escalada da política de tarifas de Trump contra o Canadá reacendeu uma crise diplomática entre dois parceiros históricos. Durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em Gyeongju, no sábado (01/11), o primeiro-ministro canadense Mark Carney confirmou ter pedido desculpas ao presidente dos Estados Unidos após uma campanha publicitária de Ontário provocar tensão entre os países.

O episódio levou Washington a impor um aumento de 10% nas tarifas alfandegárias e a suspender temporariamente as negociações comerciais bilaterais.

O que é a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec)?

A APEC (Cooperação Econômica Ásia-Pacífico) é um fórum econômico regional com 21 economias-membro, criado em 1989 para promover o livre comércio, o investimento e o crescimento econômico sustentável na região da Ásia-Pacífico. Seus principais objetivos incluem acelerar a integração econômica regional, facilitar negócios, reduzir barreiras comerciais e harmonizar políticas econômicas entre os países-membros. 

Vídeo de Donald Reagan ironizou imposição das tarifas de Trump contra o Canadá

O impasse teve origem em um anúncio divulgado pela província de Ontário, que usava declarações do ex-presidente Ronald Reagan sobre tarifas.

Confira o anúncio que causou a polêmica e intensificou a crise das tarifas de Trump contra o Canadá:

YouTube thumbnail

O governo americano acusou o material de distorcer o contexto e classificou o gesto como “jogo sujo”. “Sim, pedi desculpas ao presidente. O presidente se sentiu ofendido”, declarou Carney à imprensa, ao afirmar que os diálogos serão retomados apenas quando “Washington estiver pronto”.

Trump, por sua vez, confirmou a conversa e reforçou a crítica. “Gosto muito do primeiro-ministro Carney, mas o que eles fizeram foi errado”, disse o republicano a bordo do Air Force One. As novas tarifas de Trump contra o Canadá teve impacto imediato sobre as relações comerciais: o país é o segundo maior parceiro econômico e um dos principais compradores de aço e alumínio canadenses.

Leia também: Tarifas EUA-Brasil: Senado dos EUA aprova fim de taxas adicionais impostas por Trump

A imposição das tarifas de Trump contra o Canadá ocorre em um momento de retomada da agenda protecionista americana, marcada pela ênfase em reequilibrar o comércio internacional.

Embora o Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá (T-MEC) mantenha parte das trocas isentas de tarifas, as medidas unilaterais de Washington geram incerteza entre exportadores e investidores. Economistas apontam que o aumento pode elevar custos industriais e pressionar setores de manufatura e transporte.

No plano político, o pedido de desculpas de Carney é visto como uma tentativa de contenção diplomática, para evitar que a crise ganhe proporções maiores. Analistas avaliam que a resposta rápida do premiê buscou demonstrar pragmatismo e preservar o espaço de negociação. Ainda assim, o episódio expõe a fragilidade da relação bilateral entre os países desde a imposição das tarifas de Trump contra o Canadá.

Entre pragmatismo e pressão econômica

A tensão em torno das tarifas de Trump contra o Canadá reforça a distância entre o discurso protecionista americano e a diplomacia econômica canadense.

Enquanto a fala de Carney na APEC tenta preservar o diálogo e proteger os setores exportadores, Washington sinaliza que seguirá endurecendo a política comercial. O desfecho da disputa servirá como termômetro para a estabilidade do T-MEC e para a capacidade de ambos os governos de manter uma parceria essencial em meio a agendas cada vez mais nacionalistas.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas