A morte de Joseph Safra aos 82 anos, em São Paulo, marca o fim de uma trajetória que moldou parte relevante do sistema financeiro brasileiro. Avaliado em R$ 119 bilhões pela revista Forbes, o fundador do Grupo Safra era o homem mais rico do país e um dos banqueiros mais influentes do mundo. O falecimento, por causas naturais, foi confirmado nesta quinta-feira pelo próprio grupo financeiro.
Origem libanesa e consolidação no Brasil
Nascido no Líbano em uma família de origem judaica, Safra imigrou para o Brasil na década de 1960 para ajudar na expansão dos negócios que remontavam ao século XIX. Seus pais, Esther e Jacob Safra, mantinham operações cambiais no Oriente Médio, Europa e África. Em 1953, o patriarca e seu filho Edmond desembarcaram no Brasil, trazendo a expertise do Banco E. Jacob, fundado nos anos 1920 em Beirute.
Legado de Joseph Safra no sistema financeiro brasileiro
O banqueiro consolidou-se como referência de conservadorismo no setor, ganhando fama de avesso ao risco, paradoxo para quem construiu fortuna em um mercado caracterizado por volatilidade. No entanto, sua imagem pública se manteve associada mais à filantropia e às artes do que ao mercado financeiro.
Filantropia e paixão pelas artes marcaram a trajetória
Em 1969, Safra casou-se com Vicky Sarfaty, com quem teve quatro filhos e 14 netos. Apesar da fortuna bilionária, cultivou uma vida descrita pelo banco como simples e reservada, sem ostentação. “Viveu uma vida exemplar, simples e reservada, sem ostentação, longe da exposição geral. Sempre dizia ter muito orgulho da cidadania brasileira e de torcer pelo Corinthians”, destacou o Grupo Safra em nota oficial.
Família Safra e a continuidade dos negócios
A influência de Joseph Safra não se limitou ao Brasil. Ele figurou entre os banqueiros mais respeitados do planeta, símbolo de disciplina e prudência em tempos de volatilidade global. Sua morte deixa uma lacuna tanto no setor financeiro quanto no campo da filantropia, onde suas iniciativas continuam a impactar instituições culturais e sociais.
Joseph Safra conciliou fortuna e vida discreta
Mesmo listado entre os homens mais ricos do planeta, manteve a discrição como traço marcante de sua trajetória, longe da ostentação e da exposição pública.
Um banqueiro avesso ao risco, mas próximo da cultura
Safra construiu um império financeiro sem abrir mão da cautela, ao mesmo tempo em que direcionava recursos a causas artísticas e sociais, ampliando sua marca além dos negócios.
Confira nota:

O sepultamento será realizado hoje, às 13h, no Cemitério do Butantã, em São Paulo, restrito a familiares e amigos próximos.









