No ano de 2015, o casal Kleber Kim e Yina Youn abriram uma confecção de roupas com foco em vendas por atacado no Bom Retiro, em São Paulo. Eles deram um importante passo rumo ao empreendedorismo, mas sentiram grande dificuldade no mercado, devido a grande competitividade.
Foi após uma análise de mercado, que o casal decidiu criar, em 2019, a Laguna, e-commerce destinada para a venda das roupas que sobraram da loja atacadista. Com a pandemia, os empreendedores perceberam que deveriam reestruturar a empresa.
Por meio de um consultor de negócios, em abril de 2020 eles conheceram Pérola Obara, que também já tinha experiência em confecção de roupas. Juntos, os empreendedores construíram uma nova Laguna que faturou R$ 7 milhões em 2020 e fechará 2021 com R$ 21 milhões.
A primeira mudança da reformulação da empresa foi focar no digital e nas vendas para o consumidor final. “Começamos a montar uma coleção exclusiva para o site. Mudamos todo o branding da marca, logo e a comunicação em mídias”, diz Obara. “Sempre fizemos tudo internamente porque não tínhamos dinheiro para contratar uma assessoria de marketing.”
Segundo Obara, o diferencial da marca se tornou a forma de se apresentar. “Falamos que o nosso produto principal não é a roupa, mas o estilo de vida. Vendemos essa experiência da pessoa que gosta de ficar na praia, prefere peças leves e modelagem solta, sem deixar de ser sexy”, afirma.
O principal canal de comunicação da empresa é por redes sociais, incluindo Facebook, Instagram e Pinterest. Para divulgar a mudança, a Laguna investiu em posts patrocinados. No entanto, hoje não é mais necessário, diz Obara. “A maior parte dos nossos clientes já nos conhece e faz as compras de maneira orgânica”, afirma. De 16 mil seguidores no Instagram antes da mudança, a empresa passou para mais de 300 mil.
Hoje, Youn e Kim não possuem mais a confecção para vender no atacado. No entanto, diz Youn, a experiência foi fundamental para o que a Laguna é hoje. “Temos a expertise da produção e conseguimos manter o mesmo preço de atacado para as clientes mesmo comprando no varejo. A quantidade de consumidoras comprando no site é equivalente ao atacado”, afirma.
O atual projeto dos empreendedores é aumentar a produção em pelo menos 30%. “Somos responsáveis por toda a produção da peça, desde a idealização até ela chegar na mão do cliente. É um processo muito amplo, então crescer 30% é uma meta ambiciosa”, diz Obara.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios