O setor do varejo alimentício é um dos que mais têm investido em tecnologia para implementar o conceito “consumer centric”, a cultura que coloca o atendimento ao cliente no centro da tomada de decisão do negócio.
A rede de supermercados Mercadinhos São Luiz, com 23 lojas espalhadas por Fortaleza e cidades do interior do Ceará, investiu recentemente, em meio à pandemia, na automação de processos ou tarefas repetitivas para reduzir falhas na gestão de estoque e livrar profissionais de atividades burocráticas e alocá-los na linha de frente, no relacionamento direto com os clientes.
“Conseguimos economizar 1000 horas de trabalho burocrático por mês usando robôs digitais, o que significa que nossos profissionais estão agora mais satisfeitos, dedicados a funções estratégicas do negócio, mais produtivas e que geram percepção de valor aos consumidores e parceiros”, diz Márcio Falcão, diretor de TI do Mercadinhos São Luiz.
A rede automatizou todo o fluxo de trabalho burocrático que suporta os pedidos e o estoque de produtos perecíveis da seção hortifruti, em todas as lojas. “Por conta da perecibilidade dos produtos, a gestão dessa seção é sempre um desafio, porque exige uma coordenação dinâmica, praticamente simultânea, do que entra, do que sai e do que precisa ser estocado, para que não falte frutas e verduras de qualidade na gôndola e nem haja desperdício”, explica Falcão.
Segundo ele, antes do robô cerca de 4 coordenadores da seção, em cada loja, gastavam em média 3 horas diárias cada um na tarefa repetitiva de digitar pedidos e dar baixa de produtos no sistema. “Era uma atividade desgastante e muito sujeita a erros, de digitação inclusive, que acabavam gerando falhas no estoque. Além disso, uma atividade que tomava tempo de uma força de trabalho numerosa, importante e qualificada. Hoje é o robô quem faz essa tarefa, nos proporcionando mais previsibilidade, porque o sistema segue atualizado em tempo real e de forma correta, e um ganho operacional gigantesco que se reflete também e principalmente na satisfação do cliente e do colaborador. Liberado desse tipo de tarefa, o time pode interagir mais com as pessoas, ter ideias, enfim, realizar trabalho de gente e não de robô”, diz Falcão.
Toda a jornada do Mercadinhos São Luiz levou quatro meses, ocorreu em meio à pandemia e precedeu a abertura de mais duas novas lojas da rede, no ano passado. “Agora estamos expandindo a automação para novos processos, como o de agendamento da entrega de produtos na distribuição, com robôs funcionando 24 horas por dia. E nenhum dos nossos profissionais foi desligado”, ressalta Falcão.