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Por que nem todo profissional quer exercer posição de liderança?

Você já parou para pensar por que muitos profissionais não buscam posições de liderança, mesmo diante de potenciais benefícios como salários mais altos e prestígio? Uma pesquisa recente revelou que apenas 34% dos profissionais almejam cargos de liderança, e apenas 7% desejam chegar ao nível C-level. Os pesquisadores Tatiana Iwai e Gustavo Tavares exploram as preocupações que podem estar por trás dessa hesitação, como o medo de não estar preparado e o receio de sacrificar a vida pessoal. Descubra como essas questões impactam a carreira e o que pode ser feito para superá-las.
(Foto:Vlada Karpovich/Pexels)

A busca por posição de liderança costuma ser vista como marco de sucesso profissional. Mais salário, prestígio e autonomia fazem parte do pacote esperado. No entanto, a realidade é que a maioria dos profissionais não deseja galgar cargos mais altos na hierarquia corporativa. Uma pesquisa publicada na Harvard Business Review com 3.625 profissionais de diferentes setores nos Estados Unidos revelou que apenas 34% buscavam cargos de liderança e somente 7% almejavam atingir o nível de C-level.

Preocupações que freiam o avanço a uma posição de liderança

Segundo o estudo Perspectivas sobre os Desafios do Pipeline de Liderança, conduzido por Tatiana Iwai e Gustavo Tavares, do Insper, em parceria com a Robert Half, há dois fatores principais que reduzem o interesse em assumir uma posição de liderança:

  • Competência: receio de não estar preparado para as exigências do cargo.
  • Equilíbrio vida pessoal e trabalho: medo de que as novas funções comprometam a vida fora do escritório.

Nos níveis mais baixos, essas preocupações têm peso semelhante. Mas, à medida que o profissional sobe, o receio quanto à competência diminui, enquanto o medo de perder equilíbrio permanece constante, limitando a progressão a funções de liderança.

Competências essenciais para assumir liderança

O estudo destaca que competências humanas, como comunicação e empatia, reduzem as inseguranças sobre competência. Já a resistência psicológica (psychological hardiness) atenua ambos os medos. Profissionais mais resilientes tendem a aceitar promoções e encarar os desafios da liderança corporativa.

Em termos de gênero, os dados indicam que homens ocupam mais cargos de liderança e recebem salários mais altos, mas a motivação para ascender é igual entre os sexos. A menor representatividade feminina no topo reflete barreiras estruturais, não falta de ambição ou competência.

Como preparar talentos para promoção

Os autores sugerem que empresas promovam ações práticas para reduzir receios e desenvolver competências de liderança:

  • Mentoria corporativa para discutir abertamente essas preocupações.
  • Experiências temporárias de liderança, permitindo que profissionais testem novas funções antes de uma promoção.
  • Treinamentos focados em resiliência e gestão de equipes, fortalecendo o pipeline de liderança.

Segundo Tatiana Iwai, compreender e enfrentar as preocupações ligadas à posição de liderança é vital para que organizações não percam talentos qualificados. Ao criar um ambiente seguro para desenvolvimento e progressão profissional, as empresas aumentam a chance de formar líderes mais preparados e motivados.

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