*Coluna por Marcos Hirano, 23/05/2022
Todos os anos desde 2002, no dia 21 de maio é celebrado o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, que surgiu como uma ocasião para promover a cultura e destacar a importância de sua diversidade como agente de inclusão e mudança positiva.

O reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, reconhecendo que esses direitos derivam da dignidade inerente à pessoa humana. De acordo com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, o ideal de seres humanos livres, livres do medo e da miséria, só pode ser alcançado se forem criadas condições para que todos possam gozar de seus direitos econômicos, sociais e culturais, bem como de seus direitos civis e direitos políticos. Promover o respeito universal e a observância dos direitos humanos e liberdades, compreendendo que o indivíduo, tendo deveres para com os outros e para com a comunidade a que pertence.
Assim inicia o documento do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Clientes internos e externos
Para além do debate relacionado aos direitos humanos, precisamos reconhecer a relevância da diversidade para um melhor funcionamento das organizações, no mundo dos negócios e do empreendedorismo. Seja nas relações das empresas com seus clientes internos – sim, as empresas possuem clientes internos, em geral os seus colaboradores, sejam próprios ou terceirizados, fornecedores e parceiros – pois é são eles que fazem com que sua empresa funcione, que valor seja agregado à sua oferta para os clientes externos, a razão para a qual o seu negócio ou empresa para a qual você trabalha foi criada.
Pessoas possuem suas próprias demandas, necessidades, desejos. A partir dessa compreensão, é possível refletir sobre o que a empresa precisa realizar para atender a esses desejos. Falei sobre empatia, que é muito mais do que “tratar o outro como você gostaria de ser tratado” num dos artigos mais lidos dessa coluna, “Enxergue com os óculos dos outros”.
Biodiversidade genética
Ah, lá vem ele de novo falar da natureza. Sim, de novo, pois não tem como abrir mão de buscar inspiração na sabedoria da Mãe Natureza. A diversidade genética, também conhecida como variabilidade genética, isto é, a diversidade de alelos (diferentes formas que um mesmo gene pode assumir) presentes nos indivíduos de uma espécie, confere às espécies diferentes características em cada um desses indivíduos e por consequência, uma maior resiliência e até uma maior antifragilidade contra as mudanças que ocorrem no ambiente. Quem nunca ouviu falar sobre o problema de se ter descendentes consanguíneos, que é quando pai e mãe possuem antepassados em comum? Isso ocorre justamente pela pouca diversidade genética, desenvolvendo uma maior chance de ambos os pais terem os mesmos genes defeituosos, havendo uma maior chance de ter um filho com uma condição genética.
Diversidade cultural
Retornando então ao nosso tema central, reconhecer a importância da diversidade cultural e promover práticas que permitam o exercício verdadeiro do respeito, da empatia, para compreender as diferenças, poderá fazer com que sua empresa também seja menos suscetível ao sofrimento devido às mudanças que ocorrem no ambiente.
A organização em que você trabalha passa a ser mais antifrágil, isto é, em vez de sofrer com as mudanças, ela passará a se beneficiar delas, já que terá melhores chances de se adaptar e sair quem sabe, com soluções mais adequadas às necessidades de seus clientes, internos ou externos, tendo maior relevância dentro desse contexto complexo do mundo BANI que se apresenta.
Quais práticas você conhece, que promovem a diversidade e inclusão? Compartilhe com a gente nos comentários.
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ENB.