Mulheres brasileiras têm seu potencial menos aproveitado no mercado de trabalho.
É o que conclui o Relatório de Capital Humano Brasileiro do Banco Mundial. Segundo o estudo, publicado em julho deste ano, elas chegam com um maior índice de capital humano (ICH) que os homens.
O indicador estima a produtividade de uma criança nascida hoje aos 18 anos, em um contexto em que as condições de educação e saúde permanecem inalteradas.
“Ao passo que a produtividade esperada dos homens aos 18 anos em 2017 era de 54 por cento de todo o seu potencial, o ICH das mulheres já havia atingido 56 por cento dez anos antes (2007). As mulheres estão pelo menos uma década à frente dos homens”, aponta o relatório.
Outro aspecto observado no relatório é sobre a questão racial. A disparidade entre o iCH de pessoas brancas em relação a afrodescendentes e indígenas aumentou. O aumento médio do ICH das pessoas brancas entre 2007 e 2019 foi de 14,6%, contra 0,2% de afrodescendentes. O de indígenas permaneceu praticamente inalterado, com uma taxa de crescimento de apenas 0,97% no mesmo período.