A Justiça do Trabalho deu causa favorável ao Grupo Guararapes, em uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho. O entendimento do juízo foi de que não há vínculo empregatício das oficinas têxteis com a Guararapes, que contrata a produção dessas e, portanto, não poderia ser responsabilizada por direitos trabalhistas e más condições de trabalho, por exemplo.
A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) classificou a ação movida contra o grupo como “uma afronta ao setor produtivo”. “O Sistema Fiern esteve, desde quando o Ministério Público do Trabalho ingressou com esta ação, o tempo todo solidário à indústria têxtil, por entender que essa prática está em perfeita consonância com as leis trabalhistas”, ressalta o presidente do Sistema Fiern, Amaro Sales.
A entidade é uma das parceiras no projeto Pró-Sertão, que incentiva a abertura e capacitação das oficinas têxteis no interior, e classifica a iniciativa como uma grande geradora de empregos, com mais de 100 oficinas funcionando no estado e perspectiva de trabalho para 20 mil pessoas.
“A decisão consagra a possibilidade de ampliar o polo de oficinas de costura no Rio Grande do Norte, beneficiando dezenas de empresas e milhares de empregos. Torcemos que novas grandes empresas passem a fazer parte desse polo, contratando o serviço dessas oficinas e consolidando definitivamente essa atividade como uma grande geradora de emprego e renda em todo o RN”, declarou Zeca Melo, superintendente do Sebrae/RN, parceiro na criação e execução do projeto.
“O empresário Flávio Rocha [do Grupo Guararapes] nunca esteve só nesta luta em defesa do emprego no RN. É fácil constatar, com clareza, que a estratégia das oficinas beneficia as duas pontas: de um lado uma população em busca de oportunidades de emprego; do outro, o fortalecimento de uma empresa que gera negócios, que faz mover a cadeia produtiva do setor de confecção, oportunizando a pequenos empreendedores do Seridó a possibilidade de produzirem para uma companhia que poderia estar investindo em qualquer lugar do mundo, mas escolheu investir na terra de sua origem, no Rio Grande do Norte”, defende o presidente da Fiern.