Publicidade

Geração de resíduos no mundo vai aumentar 70% e chegar a 3,4 bilhões de toneladas até 2050

Foto: Reprodução/(Getty Images)
Foto: Reprodução/(Getty Images)
Foto: Reprodução/(Getty Images)
Foto: Reprodução/(Getty Images)

3,4 bilhões de toneladas serão a quantidade de resíduos gerados pela população mundial por ano, até 2050, com um aumento de 70% em 14 anos. Os dados são do estudo da organização sem fins lucrativos International Solid Waste Association (ISWA). Em 2016, foram produzidas em torno de dois bilhões de toneladas. O destino e o reaproveitamento desses resíduos, na proposta de economia circular, é um dos maiores desafios globais e dos municípios, que comemoram, no dia 31 de outubro, o Dia Mundial das Cidades.

A entidade Circle Economy indica dobrar a circularidade da economia global até 2032, com intuito de ampliar reutilização dos resíduos no mundo de atuais 8,6% para 17%, o que resultaria na redução de 39% das emissões de gases de efeito estufa.

O coordenador do Movimento Circular, professor doutor Edson Grandisoli, afirma que o grande desafio mundial atual tem ligação com as mudanças do clima. E as cidades têm papel fundamental no enfrentamento desse cenário, já que emitem cerca de 75% dos gases de efeito estufa relacionados à energia.

“Considerar essa questão como central deve levar população, empresas e governos a atuarem de forma conjunta sobre temas como planejamento urbano, mobilidade, gestão da água e resíduos, obtenção de energia e inclusão”, aponta Grandisoli.

A maior parte da população mundial vive nas cidades que consomem mais de 75% de todo recurso natural explorado no planeta. “O metabolismo urbano está intimamente ligado a diferentes tipos de impactos ambientais, sociais e econômicos. Dentro desse cenário, planejar e criar cidades sustentáveis e resilientes é fundamental se desejamos garantir uma melhor qualidade de vida para todos”, detalha Grandisoli.

Desenvolver economia circular e sustentabilidade exige pensar de maneira sistemática e integrada. “É preciso entender da melhor forma a cadeia de produção, consumo e descarte e como cada um dos diferentes atores sociais participa dessa cadeia. Pensar em circularidade é obrigatoriamente pensar em conexões. Um diagnóstico integrado e multisetorial pode revelar pontos importantes de ação”, comenta Grandisoli.