Segundo levantamento da consultoria imobiliária SiiLA, devem ser entregues neste ano mais de 18,5 mil metros quadrados de novos escritórios na avenida Rebouças, na cidade de São Paulo. Isso representa quase um quinto do total esperado pela empresa para as principais regiões de escritório da capital paulista.
A tendência deve se repetir em 2023, quando é aguardada a entrega de mais 24 mil metros quadrados na via que conecta as avenidas Paulista e Faria Lima, também cerca de um quinto do total esperado para as áreas corporativas principais da cidade.
O movimento é facilmente identificado por quem passa pela avenida. Muitos dos comércios da porção da Rebouças que integra o bairro de Pinheiros desapareceram para dar lugar a canteiros de obras e terrenos já limpos. Entre as obras e placas que anunciam novos projetos, sobressaem os edifícios corporativos, que tentam aproveitar a proximidade com a Faria Lima para atrair locatários.
Do outro lado da rua, no sentido Jardins, há uma porção da via que mantém as lojas tradicionais, mas não é por falta de vontade do mercado que elas ainda estão lá. Como explica Guilherme Bueno Netto, sócio-fundador da gestora RBR Asset, que possui quatro projetos de escritórios na Rebouças, a lei de zoneamento da cidade impede a construção de edifícios naquela porção da avenida.
O que poderia ser um empecilho ao desenvolvimento do mercado imobiliário é encarado também como uma vantagem pelas empresas que compraram terrenos do outro lado da avenida, na parte de Pinheiros: “é vista para o mar”, disse Dario Abreu Pereira, sócio-diretor da SDI Desenvolvimento Imobiliário, que tem dois projetos em andamento na via.
A informação é do jornal Valor Econômico.