Há dois anos, em 2020, o país tinha 4,87 milhões de empresas ativas que garantiam 39,4 milhões de pessoas empregadas, sendo 32,4 milhões (82,3%) assalariadas e 7 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. E, apesar da pandemia, entraram no mercado 826,4 mil empresas e saíram 634,4 mil, com saldo final de 192 mil empresas.
De acordo com dados que constam da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas do Empreendedorismo 2020, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a redução da saída das empresas do mercado em 2020 em relação ao ano anterior, pode ser atribuída a alguns fatores como as políticas públicas que contribuíram para a manter as empresas, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, e a incerteza da duração da pandemia.
A idade média das empresas era de 11,6 anos em 2020, a mesma de 2018 e praticamente a mesma de 2019 (11,7 anos).
O setor com o maior saldo de empresas em 2020, totalizando 39 mil, foi o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas. E aquela que mais perdeu foi a de alojamento e alimentação, que contou com 4.981 empresas a menos.
Segundo o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira, os setores de alojamento e alimentação sofreram impacto gigantesco na pandemia, com fechamento de empresas e dispensa de pessoal. Ele destacou que esses setores empregam majoritariamente mulheres. O estudo observou que a proporção de mulheres assalariadas nas empresas que saíram do mercado (44,1%) foi maior do que nas que entraram (40,5%).
“Essas variações observadas podem estar relacionadas às políticas de saúde adotadas durante a pandemia, como a proibição de serviços de mesa em bares e restaurantes, o fechamento temporário de equipamentos culturais e a suspensão de atividades artísticas e esportivas que envolvem aglomeração de pessoas”, diz o IBGE.
