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Nova unidade de processamento de materiais recicláveis é implantada no Nordeste

Foto: Blog Itamar França

O município pernambucano de Serra Talhada acaba de inaugurar seu programa de coleta seletiva e reciclagem. A iniciativa inédita na cidade é uma parceria entre o Instituto Recicleiros, Organização da Sociedade Civil, que atua no desenvolvimento de soluções para a gestão sustentável de resíduos sólidos em todo Brasil, a Prefeitura da cidade e a cooperativa de catadores Recicla Serra Talhada. A estimativa é destinar para reciclagem até 210 toneladas/mês, promover o trabalho e renda dignos para os mais vulneráveis e tornar a cidade mais sustentável.

A iniciativa marca a abertura da 11ª unidade de processamento de materiais recicláveis empreendida pelo  Instituto Recicleiros, fruto da parceria com centenas de empresas que investem em ações estruturantes junto ao Instituto desde 2018. Além disso, conta com o patrocínio principal da Alliance to End Plastic Waste (AEPW). A meta do instituto é estar presente em 60 cidades até 2027, o que representará mais de 3 milhões de pessoas com acesso à coleta seletiva, 3 mil postos de trabalho em 60 cooperativas e mais de 10 mil toneladas de resíduos reciclados por mês. As outras cidades brasileiras que também foram beneficiadas pelo programa são: Piracaia (SP), Garça (SP), Três Rios (RJ), Guaxupé (MG), Campo Largo (PR), Caçador (SC), Cajazeiras (PB), Ji-Paraná (RO), Naviraí (MS) e Jericoacoara (CE).

Segundo Erich Burger, fundador e Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Recicleiros, é fundamental ter unidades de processamento de materiais pós consumo espalhadas por todo o país, pois assim é possível tecer uma rede logística cada vez mais eficiente e garantir que tudo o que chega ao mercado tem o potencial de voltar, independente da região.

Ainda de acordo com Erich Burger, a colaboração entre municípios, organizações do terceiro setor, parceiros como a AEPW, e as empresas, pretende preencher a lacuna entre a oferta e a demanda por materiais recicláveis no Brasil, além de ser um movimento fundamental para viabilizar a tese de economia circular e sustentabilidade, considerando o papel dos catadores na construção desse sistema produtivo. “Ao envolver o setor empresarial em um modelo de cadeia “End-to-end” a partir da venda de resíduos pós-consumo, é possível criar ofertas justas e sustentáveis às cooperativas e cobrir os investimentos em uma estrutura digna, além de garantir a rastreabilidade e origem socialmente responsável destes materiais”, salienta o empreendedor social.

Para a implementação do projeto em Serra Talhada, o município teve que participar de um Edital de Chamamento Público promovido pelo Instituto Recicleiros. A cidade receberá investimentos que podem chegar a até R$ 5 milhões, que serão destinados a estruturação da Unidade de Processamento dos Materiais Recicláveis (UPMR), considerando obras, equipamentos, capacitação e gestão da planta até sua fase de auto-suficiência e emancipação, objetivos principais do Instituto, além de auxiliar na implementação da política pública de coleta seletiva, obedecendo às diretrizes propostas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Essa iniciativa é um grande ganho à cidade e gera benefícios aos serratalhadenses, além de gerar economia a região com a coleta, o transbordo de resíduos e com a diminuição do uso de aterros sanitários, melhora a limpeza da cidade e evita a poluição ambiental. A ação também tem como propósito incubar cooperativas visando capacitar catadores e catadoras de material reciclável para que se qualifiquem como empreendedores coletivos e conquistem a emancipação sustentável de seus empreendimentos.

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