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Índice de confiança da indústria atinge menor nível desde julho de 2020

(Foto de Pixabay)

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE recuou 3,6 pontos em novembro, para 92,1 pontos, pior resultado desde julho de 2020. Nas médias móveis trimestrais, o índice recuou 2,7 pontos.

“A confiança da indústria caiu pelo terceiro mês consecutivo e segundo de forma disseminada entre os segmentos pesquisados. Há deterioração das percepções sobre a situação atual decorrente de uma piora da demanda e consequente aumento do nível de estoques, o maior desde o período de lockdown. Além disso, observa-se uma piora das expectativas para os próximos meses, possivelmente relacionada a uma desaceleração global prevista e um cenário econômico brasileiro de incertezas para o início do próximo ano.” comentou Stéfano Pacini, economista do FGV IBRE.

Em novembro, houve queda da confiança em 14 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) recuou 4,6 pontos, para 91,8 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,4 pontos para 92,6 pontos. Ambos atingiram o menor nível desde julho de 2020, período crítico de lockdown da pandemia brasileira.

Entre os componentes do ISA, o índice que mede a percepção da demanda no momento foi a maior queda no mês, caindo 6,6 pontos para 91,5 pontos, pior resultado desde julho de 2020 (91,0 pontos). A percepção dos empresários sobre a situação atual dos negócios também piorou, caindo 4,9 pontos, para 89,7 pontos, o menor nível desde fevereiro (86,9 pontos). Em menor escala, o nível de estoques caiu 1,6 ponto, para 104,8, pior resultado desde julho de 2020 (109,8 pontos). Se esse indicador estiver acima de 100 pontos, indica que a indústria está operando com estoques excedentes (ou acima do desejado).

Quanto os elementos que medem as expectativas, o indicador que mede a evolução dos negócios para os próximos seis meses é o que mais impacta o resultado mensal, que recuou 4,5 pontos, para 87,8 pontos e ficou abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos). De olho para um horizonte mais curto de três meses, as perspectivas de emprego diminuir 2,5 pontos, para 99,3 pontos pelo segundo mês consecutivo e se mantiveram acima do nível neutro abaixo de 100 pontos pela primeira vez em sete meses consecutivos, indicando desaceleração nas contratações nos próximos meses. O indicador que mede as perspectivas de produção para os próximos três meses, ficou estável em 91,1 pontos pelo terceiro mês consecutivo.

Segundo a instituição, o nível de utilização da capacitância instalada da indústria também caiu 0,9 ponto percentual, para 79,8% nos níveis de abril de 2022.

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