No Brasil vários setores já estão em processos avançados de tokenização. Somente neste ano três grandes bancos anunciaram sua entrada na tokenização: Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Santander Brasil. O mercado imobiliário tem avançado muito na tecnologia.
A tokenização consiste em criar uma representação digital de um bem ou produto financeiro com o objetivo de facilitar a sua negociação. Cria-se, portanto, uma série de códigos com regras, requisitos e processos de identificação que, se cumpridos, permitem a compra e venda do ativo ou pequenas partes dele. Tudo de forma digital
O Brasil se destaca quanto ao interesse do mercado institucional. Segundo pesquisa do Banco de Nova York Mellon, 60% dos investidores institucionais brasileiros já avaliam investir ou investem em ativos tokenizados. O País só fica atrás de Cingapura e Hong Kong, que têm 75% de interesse cada.
O Banco Central criou um grupo de trabalho para tokenização. Serão feitos estudos sobre atividades de registro, custódia, negociação e liquidação de ativos financeiros em infraestrutura de registro distribuído.
O Boston Consulting Group projeta que 10% do PIB mundial, ou US$ 16,1 trilhões, estarão em ativos tokenizados até 2030. Neste ano, a consultoria estima que haja, pelo menos, US$ 310 bilhões já no mundo, considerando somente tokens de ativos reais, como ações, commodities, imóveis e títulos de dívida, por exemplo.