(Foto: Gtex/Divulgação)
A GTEX, uma das principais plataformas de higiene e limpeza do Brasil, possui um amplo portfólio de marcas e presença regional com empresas como Urca, Baby Soft, UFE, Ruth Care, Amazon, Hiper Clean, entre outras. Seus produtos estão presentes em mais de 45% dos lares brasileiros, voltados para as classes B, C e D, que figuram 92% da população do país ou 196 milhões de habitantes. Como resultado contínua renovação do portfólio, a empresa tem crescido orgânica e inorganicamente no mercado brasileiro.
Trajetória e Gestão
A GTEX tem uma história de superação em termos de gestão, que passou por uma primeira fase – nos anos 1990 e primeira década do século 21 – de forte expansão baseada na aquisição de diversas indústrias do segmento, mas entre os anos 2010/2013 enfrentou uma grave crise financeira, fruto da mudança do controle acionário e da retomada do ciclo virtuoso dos últimos anos, que permitiu ao Grupo saltar de R$ 650 milhões de faturamento em 2019 para R$ 1,2 bilhão em 2022, projetando expansão no faturamento anual superior a R$ 2 bilhões até 2024.
Em 2009, o grupo ampliou sua plataforma ao adquirir a fábrica de sabão de coco português UFE, localizada no bairro Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, e a fábrica em São Luiz do Maranhão.
Em 2009, o crescimento da GTEX atraiu a atenção de investidores. Depois de várias negociações, a família Santos negociou a venda de 51% das ações da empresa para um fundo internacional de “private equity”, em 2010. Com a participação de 49%, a família fundador deixou de exercer o papel de liderança na empresa, ficando apenas com uma minoria no Conselho de Administração, e o fundo iniciou nova gestão com a contratação de um novo CEO.
O fato é que a condução da operação provocou aumento de custos, com a consequente redução no fluxo de caixa e aumento do endividamento. Quando foi vendida para o fundo, o faturamento anual da empresa era de R$ 250 milhões. Três anos depois, a receita tinha caído para R$ 180 milhões. Em 2013, o fundo inglês decidiu sair do negócio e propôs à família Santos recomprar as ações da GTEX.
Um ano depois de ter recomprado a GTEX, o Grupo voltou a gerar caixa positivo e faturamento de R$ 250 milhões/ano. Esses resultados só foram possíveis graças à adoção de um controle orçamentário rígido e conscientização de todo o time sobre as despesas. A empresa também propôs aos credores reduzir de 15 para 10 anos o plano de Recuperação Judicial. A proposta foi bem recebida e aumentou o grau de credibilidade da GTEX junto ao mercado. O resultado é que, em 2019, a companhia já faturava R$ 650 milhões/ano.