A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nesta quinta-feira (19/01) um comunicado oficial reafirmando Josué Gomes da Silva como presidente da entidade. “Está no exercício pleno de suas funções, conforme determinam os estatutos vigentes”, afirmou a nota.
Na segunda-feira (16/01), Gomes recebeu o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em um almoço com a diretoria da Fiesp, na primeira reunião do ano. Durante o encontro, o ministro defendeu a necessidade de uma reforma tributária como prioridade do governo federal.
A presença de Alckmin na sede da entidade foi interpretada como demonstração de prestígio político de Josué Gomes, atual presidente da Fiesp. Filho do ex-vice-presidente da República José Alencar, Gomes mantém relações históricas com o núcleo político do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao encerrar a reunião, Josué anunciou que os próximos convidados da Fiesp serão o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
Apesar do apoio político, Gomes enfrenta resistência interna. Um grupo de sindicatos patronais tem manifestado insatisfação com sua gestão. Ele assumiu a presidência da Fiesp em 2022, sucedendo Paulo Skaf, que ocupou o cargo por 17 anos e é apoiador declarado do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na mesma segunda-feira (16), durante uma assembleia da entidade, houve uma votação simbólica pelo afastamento de Josué Gomes. No entanto, a própria Fiesp não reconheceu a legitimidade da iniciativa, mantendo-o oficialmente no cargo.
A nota divulgada pela federação conclui com uma mensagem institucional: “No ano do bicentenário da Independência, reiteramos nosso compromisso inarredável com a soberania do povo brasileiro expressa pelo voto e exercida em conformidade com a Constituição”.