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Ações, Bitcoin e o tio do Terreno – Por Michel Dias

Descubra o que é risco sacado

O Mercado de Capitais brasileiro evoluiu muito nos últimos 5 anos e passou a fazer parte do cotidiano das famílias, virando assunto recorrente nas conversas de bar, nas escolas e nas reuniões familiares.

A prova disso é termos atingido, ainda em 2022, a marca de 5 milhões de CPF’s na B3, um número expressivo e que cresceu com vigor, visto que em 2019 batíamos a marca de 1 milhão de pessoas, após mais de 100 anos (nossa bolsa nasceu no ano de 1.890).

Esse crescimento acelerado é fundamental para o desenvolvimento da indústria e, consequentemente, do país. Contudo é necessário ser acompanhado de altas doses de educação financeira assim como uma pitada de regulação.

Os recentes escândalos financeiros da Braiscompany (Criptoativos inacessíveis. “not your keys, not your coins”, right?) e das Americanas (Contabilidade Criativa) evidenciam a importância de que a pessoa investidora precisa compreender os riscos a que está se expondo quando aloca seus ativos no mercado de capitais, principalmente quando o faz sem compreensão do que está fazendo. A maneira mais eficiente de mitigar riscos é procurar conhecimento de qualidade junto a pessoas idôneas em instituições sérias.

Nesse contexto os profissionais do Mercado de Capitais devem cumprir um papel importante de sanear a indústria de aventureiros e impostores, levando, sempre que possível, a melhor fonte de conhecimento diretamente para a Pessoa Física, que é o elo mais importante e ao mesmo tempo frágil do sistema. Mas afinal, quem são essas pessoas que passaram a investir nos últimos anos?

A pesquisa realizada pela B3* no ano de 2022 revelou dados importantes e cheio de informações sobre os investidores não institucionais da bolsa:

– 34,1% estão entre 26 e 35 anos

– 12,6% estão no Nordeste (Contra 58,80% no Sudeste)

– 23,2% são mulheres

(minha interpretação: existe defasagem na comunicação e atendimento deste público)

– R$ 100 mil é o saldo médio dos investidores Cearenses

– R$ 45,00 é a mediana do 1º investimento em Renda Fixa dos brasileiros

– R$ 8,8 bilhões em BDR’s

– 62,1% dos (investidores) brasileiros investem em ações

*O link para a pesquisa inteira está ao final do texto

A pesquisa é rica em informações e nos coloca numa boa perspectiva sobre que tipo de ativos os brasileiros que estão na bolsa preferem mas em um país inflacionário, com risco político considerável e baixo nível de educação financeira, uma importante pergunta é: Como explicar de forma eficiente o conceito de risco como volatilidade para as pessoas físicas?

Essa é uma pergunta bem difícil de responder, sobretudo em se tratando de investidores com perfis tão diferentes, mas o fato é que a partir do momento que nota-se que o primeiro investimento dos brasileiros está abaixo do preço de um lanche no fast food fica muito claro o tamanho do apetite por aprendizado dessas pessoas.

Então, para finalizar, gostaria de tentar explicar o conceito de risco como volatilidade com um exemplo que seu tio já sabe há decadas: Para evitar perdas drásticas em suas economias, compre terreno.

Link da pesquisa: https://www.b3.com.br/pt_br/noticias/5-milhoes-de-contas-de-investidores.htm

*Opinião Artigo Por Michel Dias, especialista em gestão de ativos, formado em administração pelo UECE e MBA em finanças pela Saint Paul.

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