O presidente da Abrasel no Ceará, Taiene Righetto, expressou sua grande preocupação com o pacote de medidas anunciado pelo governo estadual, que inclui o aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis, energia e transporte e a recriação do Fundo de Estabilidade Fiscal, com a retenção de 10% dos incentivos fiscais das empresas.
Ela destacou que o aumento do ICMS pode ter um impacto inflacionário que afetará indiretamente o setor de alimentos, enquanto a retenção dos incentivos fiscais pode afetar diretamente os restaurantes.
“Mais uma vez nos deparamos com uma medida que afeta toda a população em maior ou menor grau. Nós recebemos essa notícia até mesmo com uma certa surpresa, já que durante as campanhas políticas o assunto do aumento dos impostos foi tão refutado. Durante o período eleitoral, se falou muito de não aumentar impostos e agora, tão no início do mandato, já nos deparamos com essa medida, além da proposta da reforma administrativa ir na contramão da tendência esperada, pois ao invés de enxugar os cargos políticos aumentou a quantidade de secretarias”, critica Righetto.
A Abrasel destacou que o setor estava evitando repassar os aumentos de preços aos seus clientes, mas agora será impossível continuar fazendo isso. Isso resultará em preços mais altos para o consumidor final, o que pode levar a uma redução na atividade do setor, o desemprego e o impacto da pandemia no setor de bares e restaurantes.
