O presidente do Bradesco, Octávio de Lazari, afirmou que o banco concedeu mais empréstimos do que deveria durante a pandemia, o que resultou em uma escalada da inadimplência. De acordo com a pesquisa mais recente de inadimplência das empresas, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o índice de inadimplência das empresas no país cresceu cerca de 3,6% em janeiro de 2023 em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Em 2020, o Brasil teve índices de inadimplência mais baixos do que o normal, o que levou o Bradesco a ampliar a concessão de empréstimos, incluindo linhas de maior risco, como para baixa renda e pequenas e médias empresas.
Lazari admitiu que o banco concedeu mais crédito do que deveria. O Bradesco também não mudou suas taxas de risco após o caso Americanas e precisou provisionar R$ 4,9 bilhões extras no resultado do quarto trimestre. No entanto, a pesquisa também destacou que a inadimplência das empresas tende a se estabilizar ao longo dos próximos meses, graças a uma melhora na economia e à recuperação dos setores mais afetados pela pandemia.