A Câmara dos Deputados do Brasil irá gastar mais de R$ 6 bilhões para pagar salários e encargos trabalhistas de servidores ao longo do ano. Isso representa um aumento de 11% em relação aos gastos do ano passado. O dinheiro será usado para pagar salários de 11,7 mil funcionários ativos, 4,4 mil aposentados e pensionistas, bem como os custos de manutenção dos 513 parlamentares da Casa. Desde janeiro de 2023, o salário mensal dos deputados subiu de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil.
Ainda foram aprovados reajustes salariais para os parlamentares, com aumentos graduais até 2025. Isso significa que, em abril de 2023, o salário mensal será de R$ 41,6 mil, aumentando para R$ 44 mil em fevereiro de 2024 e R$ 46,3 em fevereiro de 2025, um reajuste total de 37%. Em 2022, os deputados federais custaram quase R$ 1 bilhão aos cofres públicos, incluindo salários, benefícios como o 13º salário, cota para exercício de atividades, verba de gabinete, auxílio-moradia e viagens, tudo pago pela União.
Dados do Portal da Transparência da Câmara mostram que, em 2022, os parlamentares gastaram R$ 213 milhões com cota de atividades, R$ 659 milhões com verba de gabinete, R$ 5 milhões com auxílio-moradia e R$ 1 milhão com viagens oficiais. Na atual legislatura, entre janeiro e fevereiro de 2023, os 513 deputados federais gastaram R$ 999 mil com cota parlamentar, auxílio moradia e viagens. Dados com verba de gabinete ainda não foram disponibilizados no Portal da Transparência.
Esses gastos geram críticas, uma vez que muitos brasileiros lutam para sobreviver com salários mínimos que são uma fração do salário dos parlamentares. Alguns argumentam que os altos gastos com salários e benefícios dos parlamentares são injustificados e que o dinheiro poderia ser melhor usado para fins sociais, como educação, saúde e segurança pública. No entanto, outros argumentam que os salários são justos, uma vez que os parlamentares têm uma grande responsabilidade e enfrentam muitas pressões e riscos em seu trabalho.
