A corretora de criptomoedas Binance comunicou ao mercado que está investindo em sua equipe de investigação e conformidade e em ferramentas que ajudam a combater crimes financeiros. Com mais de 750 profissionais, a corretora tem respondido a milhares de solicitações de autoridades em todo o mundo em tempo recorde. A Binance lançou um Programa Global de Treinamento de Aplicação da Lei para ajudar as autoridades a detectar crimes financeiros e cibernéticos, além de realizar workshops e treinamentos com autoridades policiais e promotores em todo o mundo.
Segunda a empresa, sua colaboração com as autoridades globais tem sido importante na luta contra crimes financeiros e cibernéticos em todo o mundo. Em um caso recente, a corretora ajudou o Departamento de Combate à drogas (DEA) dos Estados Unidos a rastrear mais de 75 transações entre um suspeito e um agente disfarçado, levando à prisão do narcotraficante mexicano Carlos Fong Echavarria.
Crise
A Binance tem sido alvo de uma retirada bilionária de capital por parte de seus clientes. Esse movimento ocorreu logo após o anúncio da Paxos de que deixaria de emitir a stablecoin pareada ao dólar Binance USD (BUSD), o que gerou preocupações de que autoridades regulatórias dos Estados Unidos poderiam processar a empresa.
Conforme publicado pelo portal Exame, a empresa sofreu uma retirada bilionária de capital por parte de seus clientes após o anúncio da Paxos de que deixaria de emitir a stablecoin pareada ao dólar BUSD. A empresa de inteligência de mercado Nansen aponta que a retirada de capital foi na ordem de mais de US$ 1 bilhão em stablecoins, o equivalente a 6% de todas as reservas da exchange, segundo os últimos dados divulgados pela empresa. O CEO da Binance, Changpeng Zhao, afirmou que a exchange não possui nenhuma relação oficial com a stablecoin e que fará os ajustes necessários para lidar com a situação.
A empresa também informou à Exame que, apesar de não ter relação direta com o BUSD, irá revisar outros projetos em determinados mercados para garantir a proteção dos usuários diante da incerteza regulatória.