Um levantamento realizado pelo Sebrae revela que a dificuldade no acesso ao crédito tem levado micro e pequenas empresas a buscar alternativas, como a utilização de empréstimos por meio de pessoas físicas. Segundo o estudo, 61% dessas empresas adotam essa estratégia; sendo o maior percentual da última década. A palavra-chave foco “dificuldade no acesso ao crédito” é uma realidade crescente no Brasil.
A pesquisa entrevistou mais de 10 mil empresários, entre microempresas e microempreendedores individuais, durante os meses de junho e agosto. Entre as microempresas, 36% conseguiram acessar crédito bancário, enquanto entre os microempreendedores individuais, esse número foi de apenas 27%. Houve uma redução significativa em comparação a 2020; com queda de 7 pontos percentuais entre as microempresas e 5 pontos entre os microempreendedores.
Dificuldade de Garantias como Barreira no Crédito
Além da baixa concessão de crédito, muitos empresários apontam a falta de garantias e fiadores como o maior empecilho. Esse problema foi mencionado por 39% das microempresas e 46% dos microempreendedores. A dificuldade no acesso ao crédito se reflete nos valores solicitados; com microempresas pedindo uma média de R$ 65 mil e microempreendedores individuais, R$ 13 mil.
Medidas Necessárias para Acesso ao Crédito
Carlos Melles, presidente do Sebrae, destaca a importância do crédito para a sobrevivência das micro e pequenas empresas. “Precisamos criar um ambiente de negócios que favoreça a continuidade desses empreendimentos; responsáveis por grande parte da geração de empregos no país”, afirma. Medidas de ampliação e criação de linhas de crédito específicas para o segmento são essenciais para esse processo.
A pandemia de Covid-19 intensificou as dificuldades no acesso ao crédito; afetando diretamente a sustentabilidade dessas empresas. A pesquisa reforça a necessidade de soluções rápidas para evitar o colapso dos pequenos negócios no Brasil.