As ações da Hapvida registraram uma queda de quase 37% devido à decepção dos investidores com o resultado do quarto trimestre de 2022, o que resultou em uma perda de R$ 11,79 bilhões em valor de mercado. Em teleconferência realizada nesta quarta-feira (1), executivos da empresa anunciaram que planejam acelerar a verticalização de suas operações e reforçar o ajuste de preços de seus planos para melhorar suas margens de lucro, porém sem conseguir acalmar o mercado.
Ontem, a companhia divulgou que o lucro líquido ajustado sofreu uma redução de 56,1% em comparação com o ano anterior, alcançando R$ 161,4 milhões. Caso sejam desconsiderados os ajustes referentes à amortização de marcas e patentes, carteiras de clientes e incentivos de longo prazo para executivos, a empresa apresentou um resultado negativo de R$ 316,7 milhões.
No horário de 14h28, as ações da Hapvida registraram queda de 33,63%, chegando a R$ 2,98 e renovando mínimas históricas, representando o pior resultado do Ibovespa. De acordo com a Folhainvest, analistas do banco Credit Suisse reduziram a recomendação dos papéis para “neutra” e diminuíram o preço-alvo de R$ 6,50 para R$ 4,40, adicionando incertezas sobre a persistência das pressões de frequência de sinistros e conversão de caixa de recebíveis.
Os analistas do Citi também se mostraram preocupados com os resultados da empresa, citando o dado sobre sinistralidade (MLR) maior do que o esperado e despesas financeiras “muito acima” do previsto. A incerteza sobre a reversão dos índices de sinistralidade pode levar alguns trimestres e reflete as preocupações do mercado sobre o futuro da empresa.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) monitora de perto a operação da Hapvida para garantir que os usuários recebam o melhor serviço possível. No momento, a empresa enfrenta desafios para melhorar suas margens de lucro e reverter a sinistralidade, o que gera incerteza tanto para a companhia quanto para os investidores que acompanham seus resultados.
