O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) acionou o judiciário para impedir a aquisição da Spirit Airlines pela JetBlue, argumentando que a fusão levaria à diminuição da concorrência, o que, por sua vez, resultaria em aumentos nas tarifas de passagens para os passageiros. O DoJ afirmou que os viajantes de baixa renda, que dependem de opções mais baratas, como a Spirit, seriam os mais afetados, uma vez que cerca de metade dos assentos de baixo custo seriam eliminados.
O Procurador-Geral norte-americano, Merrick Garland, disse: “Se esta fusão prosseguir, ela limitará escolhas e elevará as tarifas para os passageiros em todo o país.” Enquanto isso, Robin Hayes, CEO da JetBlue, defendeu o acordo, alegando que a fusão permitiria que a empresa competisse de igual para igual com as gigantes American Airlines, United Airlines, Delta Air Lines e Southwest Airlines.
Hayes disse: “Acreditamos que o DoJ se equivocou e ignorou o fato de que esta fusão criará um concorrente nacional de baixa tarifa e alta qualidade para as quatro grandes operadoras que, graças às suas próprias fusões aprovadas pelo DoJ, controlam cerca de 80% do mercado dos EUA.”
A negociação foi anunciada em julho de 2022, após a Frontier Airlines ter desistido da proposta de fusão com a Spirit, com um valor menor. Desde então, a Casa Branca tem pressionado para que a aquisição não aconteça. Em setembro de 2021, uma ação antitruste foi aberta contra a American Airlines e a JetBlue, alegando que a joint venture entre as duas empresas, em vigor desde 2020, teria criado uma ‘fusão de fato’ nos mercados de Nova York e Boston, prejudicando a livre concorrência e os passageiros.