O Carrefour, uma das maiores empresas varejistas do Brasil, está buscando um parceiro minoritário para sua operação imobiliária, que inclui mais de 450 ativos, entre lojas, galerias e bancos de terrenos, avaliados em R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões, de acordo com avaliações de mercado. No entanto, até o momento, a empresa não teve sucesso em encontrar um parceiro estratégico e, como resultado, colocou à venda quatro centros de distribuição em Osasco, Porto Alegre, Recife e Salvador, com um valor estimado de R$ 1 bilhão.
Embora a venda de ativos seja uma opção, o Carrefour está empenhado em encontrar um parceiro minoritário que possa ajudá-lo a expandir sua presença no mercado imobiliário a longo prazo. A empresa está comprometida em controlar sua alavancagem financeira e despesa, que aumentaram após a aquisição do Grupo BIG em junho de 2021. No final de 2022, o Carrefour registrou um lucro líquido de R$ 550 milhões, uma queda de 28,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido ao aumento das despesas com a conversão de lojas do Grupo BIG. No mesmo período, as despesas totais da companhia foram de R$ 4,2 bilhões, um aumento de 64,9% em relação ao quarto trimestre de 2021, com as despesas relacionadas à integração do Grupo BIG correspondendo a grande parte desse aumento.
Apesar desses desafios, o Carrefour tem uma capitalização de mercado de R$ 27 bilhões e continua buscando uma solução para reduzir sua alavancagem financeira e permitir que continue crescendo no mercado imobiliário. A empresa contratou o Itaú BBA como assessor financeiro na busca por um parceiro estratégico e está comprometida em encontrar uma solução que permita que ela continue a expandir sua operação imobiliária. As propostas para a venda dos centros de distribuição devem ficar em torno de R$ 650 milhões a R$ 750 milhões, devido ao contexto atual de juros e estresse de crédito no mercado.