A “Semana do Consumidor”, no dia 15 de março, foi criada em 1985 pela ONU com o objetivo de conscientizar a sociedade, empresas e governos sobre os direitos do consumidor. No entanto, nos últimos anos, a data tem tomado uma conotação puramente comercial, a ponto de ser chamada de “Black Friday do 1º semestre”.
De sapatos e roupas a smartphones e passagens aéreas, tudo vira alvo de promoção nesta semana, incluindo brinquedos, ração para pets e até carne bovina. No entanto, essa busca por preços baixos e ofertas tentadoras tem um custo, como evidenciado pelo fato de que o Dia do Consumidor de 2022 foi a terceira data com o maior volume de reclamações no Reclame Aqui, atrás apenas do Natal e da Black Friday.
Segundo uma enquete realizada pela fintech de cashback e pagamentos Méliuz, 90% dos 600 consumidores entrevistados planejam fazer compras durante o Dia do Consumidor, sendo que 63% deles farão isso pela primeira vez. Os consumidores estão em busca do melhor preço para itens de desejo (40%) e de promoções para necessidades básicas (27%), sendo que o cashback é a vantagem mais procurada.
Embora a data tenha origem em um discurso de 1962 do então presidente americano John F. Kennedy, que defendeu os direitos dos consumidores, atualmente a “Semana do Consumidor” parece ser mais uma desculpa para que as empresas foquem em vendas do que na conscientização sobre os direitos dos consumidores.











