Paulo Câmara, o ex-governador de Pernambuco, assumiu recentemente a presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). No entanto, surgiram preocupações sobre um potencial conflito de interesses devido à suspensão de pagamentos destinados ao BNB durante sua gestão como governador do estado.
Especialistas consultados pela Folha de São Paulo destacaram que a atuação do ex-governador em tais casos poderia gerar conflitos de interesses, considerando a falta de pagamentos do estado de Pernambuco ao BNB durante sua gestão. Os pagamentos suspensos se referem a empréstimos concedidos pela Odebrecht para a construção da Arena de Pernambuco para a Copa do Mundo de 2014, em um total de cerca de R$ 260 milhões.
Embora a suspensão tenha sido baseada em decisões do Tribunal de Contas do Estado, o BNB apresentou reclamações que não foram revertidas. O tribunal está aguardando a conclusão de uma auditoria especial para dar uma posição final.
Paulo Câmara, que era secretário estadual na época do contrato de concessão pública com a Odebrecht, defendeu-se por meio de nota, afirmando que não haverá conflito de interesse durante sua gestão como presidente do BNB e que defenderá a instituição em todas as esferas.