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Exportação de carnes bovina e suína vivencia trimestre agitado com impacto das relações comerciais com a China

(Foto: Tom Fisk/Pexels)

Em um trimestre agitado para o comércio exterior, as exportações de carne bovina e suína do Brasil passaram por momentos distintos. A carne bovina sofreu uma queda de 20% no mês de março em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao impacto da suspensão temporária das exportações para a China. No entanto, as exportações de carne suína tiveram resultados expressivos, com um aumento de 15,7% em relação ao ano passado, impulsionado pelos novos embarques para o México.

A suspensão das vendas de carne bovina para a China ocorreu em 22 de fevereiro deste ano, retornando à normalidade em 23 de março, seguindo os protocolos da vigilância sanitária chinesa. Nesse período, a receita com as exportações de carne bovina foi de US$ 709,4 milhões, 37% abaixo da registrada no ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos.

Paralelamente, a população brasileira reduziu o consumo de carne vermelha, conforme levantamento realizado pelo DataFolha, com 67% dos entrevistados afirmando ter diminuído o consumo. O consumo de frango, porco e outros tipos de carnes também apresentou redução.

Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada no comércio exterior, explicou que a variação nos preços está relacionada à oferta e demanda, e também à suspensão temporária das vendas para a China. Ele acrescentou que a variação do valor interno não afetará as exportações, que ainda têm previsão de aumento em 2023, especialmente após a viagem do presidente Lula à Ásia e Oriente Médio.

Enquanto isso, a carne suína experimentou um crescimento nas exportações, alcançando 274,8 mil toneladas no primeiro trimestre, 15,7% acima do registrado no ano passado. A China importou 109,6 mil toneladas entre janeiro e março, um aumento de 25,6% em relação ao ano anterior. A abertura do mercado mexicano também contribuiu para o aumento das exportações de produtos de frigoríficos.

Diante deste cenário, os consumidores brasileiros têm migrado seu consumo de carne bovina, que caiu de 35kg para 24kg/ano, para a carne suína, que aumentou para 18kg/ano. A substituição é atribuída ao preço dos produtos nas prateleiras dos supermercados.

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