O Brasil registrou um aumento de 15% nas exportações de pescados em 2022, alcançando o valor recorde de US$ 23,8 milhões, de acordo com estimativas da Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). Os Estados Unidos foram responsáveis por mais de 80% das compras desses produtos.
A tilápia, também conhecida como Saint Peter, teve papel fundamental nesse crescimento. As vendas externas do pescado aumentaram 28% e chegaram a US$ 23,2 milhões, representando 98% do total das exportações brasileiras de pescados. Esse desempenho pode ser atribuído à qualidade do produto e ao aumento da demanda internacional por alimentos saudáveis e sustentáveis.
As políticas públicas e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento na área de piscicultura têm sido fundamentais para o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade dos pescados produzidos no país. Além disso, o setor tem se beneficiado de um câmbio favorável para a exportação e de acordos comerciais que facilitam a entrada dos produtos brasileiros em mercados estratégicos.
O bom desempenho das exportações de pescados tem impacto positivo na economia brasileira, gerando empregos e renda, especialmente nas regiões produtoras. O setor também tem potencial para contribuir com a segurança alimentar e a diversificação da matriz produtiva do país, reduzindo a dependência de produtos importados.
O crescimento das exportações de pescados é uma excelente notícia para o Brasil, que busca diversificar sua pauta de exportações e aumentar a presença de produtos com maior valor agregado. O desafio agora é manter esse ritmo de crescimento e explorar novos mercados, aproveitando o potencial do país como um dos maiores produtores de pescados do mundo.
Os órgãos responsáveis e as empresas do setor devem continuar trabalhando em conjunto para garantir a sustentabilidade da produção, aprimorar a qualidade dos produtos e ampliar a presença do Brasil no mercado internacional de pescados, aproveitando a crescente demanda global por alimentos saudáveis e sustentáveis.
A produção global de tilápias tem apresentado crescimento contínuo nos últimos anos, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A produção mundial ultrapassou a marca de 6,2 milhões de toneladas, com o Brasil ocupando a posição de quarto maior produtor mundial, atrás apenas da China, Indonésia e Egito. A tilápia é a espécie mais cultivada no Brasil, sendo responsável por 63,5% da produção nacional de peixes de cultivo. Esse cenário demonstra a relevância da piscicultura brasileira no contexto internacional, além de evidenciar o potencial de crescimento do setor no país.
No Brasil, segundo dados de 2021, os cinco estados com maior produção de tilápia são: Paraná, em primeiro lugar, com 166 mil toneladas; São Paulo, com 70,5 mil toneladas; Minas Gerais, com 42,1 mil toneladas; Santa Catarina, com 40,1 mil toneladas; e Mato Grosso do Sul, com 29,1 mil toneladas. Esses números refletem a importância da atividade para a economia regional, gerando emprego e renda para milhares de famílias. Além disso, a crescente demanda por peixes de cultivo no mercado interno e externo pode impulsionar ainda mais a produção nacional, reforçando o Brasil como um importante player no mercado global de pescados.