Em uma ação inédita, a Ping An, maior acionista do HSBC, torna pública sua opinião sobre a separação das operações asiáticas do banco. A seguradora chinesa acusa a gestão do HSBC de “superestimar” os custos e riscos associados ao processo. A pressão sobre o banco com sede em Londres pode aumentar antes de sua reunião anual no próximo mês. Até agora, a campanha da Ping An não obteve apoio de outros acionistas institucionais principais.
Michael Huang, presidente da Ping An Asset Management, destaca a importância de ponderar os custos iniciais com mente aberta em relação aos benefícios. Nos últimos dois anos, a seguradora apresentou várias propostas, mas o banco tem rejeitado as chamadas para reestruturar suas operações asiáticas.
Huang argumenta que o HSBC manteria uma influência significativa sobre um negócio separado e que cada solução estrutural traria benefícios aos acionistas. Estes benefícios incluem desbloqueio de avaliação, alívio de capital, ganhos de eficiência de longo prazo, mitigação de riscos geopolíticos e reposicionamento competitivo.
Ao defender essa posição, a Ping An, que detém 8% das ações do HSBC, busca melhorar os retornos dos acionistas e aumentar o valor do banco. A seguradora critica a gestão do HSBC por não considerar os benefícios e superestimar os custos e riscos no processo de separação.
