Executivos brasileiros afirmam que CEOs, presidentes e vice-presidentes de empresas devem liderar a adoção das práticas ESG no país, de acordo com uma pesquisa realizada pela Amcham Brasil.
Cerca de 82% dos 574 entrevistados destacaram essa necessidade, enquanto 69% apontaram o governo como responsável por liderar a agenda. Bancos e fundos de investimento, ONGs e associações, diretores e conselheiros também foram citados como encarregados por essa agenda.
A pesquisa indicou a capacitação das lideranças e colaboradores, ações de conscientização, o desenvolvimento de uma cultura forte de sustentabilidade e o orçamento dedicado para investimentos em iniciativas ESG como fatores críticos para o sucesso da implementação de práticas ESG.
47% das empresas entrevistadas são referência de mercado ou estão adotando práticas ESG, enquanto 31% planejam implementar essas políticas.
De acordo com a Amcham, a curva de adoção de práticas ESG está prestes a atingir o ponto de inflexão. Os principais motivos apresentados para a adoção dessas práticas são o fortalecimento da reputação de mercado, impacto positivo em questões socioambientais e redução de riscos ambientais, sociais e de governança. No entanto, ainda há desafios, especialmente na dificuldade de mensurar e monitorar indicadores ESG.
O estudo também revela que 62% dos empresários possuem familiaridade com ações e estratégias ESG. Entre as empresas que já implementaram a agenda ESG, 62% buscam capacitar seus funcionários, 58% desenvolvem uma cultura de diversidade e inclusão e 51% adotam políticas de remuneração justa e benefícios.
Destacam-se também a adoção de código de ética e política anticorrupção, políticas de transparência e governança, e comitês ou equipes focados em ESG no âmbito da governança. No entanto, apenas 20% priorizam investimentos a partir de critérios ESG e somente 16% utilizam certificações ou avaliações de classificação ESG.