A Azul Linhas Aéreas está renegociando com um grupo de detentores de títulos de dívida emitidos no exterior no valor de US$ 1 bilhão, que vencem entre 2024 e 2026.
A proposta de renegociação envolve dois terços dos papéis, e solicita a prorrogação dos prazos de vencimento dos títulos, garantidos por uma nova captação de recursos do TudoAzul, programa de fidelidade da companhia. A intermediação do grupo de titulares dos títulos está sendo realizada pelo banco Rothschild.
Além disso, a empresa está renegociando os débitos de cerca de 10% da dívida com empresas de arrendamento. Em março, a Azul anunciou um acordo com grande parte dos arrendadores, que representam mais de 90% do seu passivo referente ao aluguel de aeronaves.
A companhia renegociou R$ 4 bilhões atrelados aos arredamentos que venceriam em 2023. Esse valor representa cerca de 80% da dívida bruta nominal da empresa, segundo Alex Malfitani, CFO da Azul.
Com essas negociações e a reestruturação financeira, a Azul espera atingir o equilíbrio financeiro ainda este ano. A companhia projeta um crescimento de 56% no EBITDA, para R$ 5 bilhões em 2023 em comparação com o ano fiscal de 2022, e em 2024 espera voltar a gerar caixa e aumentar sua posição de liquidez. E
m 2022, a Azul registrou um prejuízo líquido de R$ 1,3 bilhão, mas a receita cresceu 59,9% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 15,9 bilhões. A empresa encerrou o ano com uma frota operacional de 177 aeronaves e uma frota contratual de 194 jatos.









