Entidades da indústria, como a Fiesp, a Abimaq e o Ibram, saíram em defesa da mudança feita pela Câmara dos Deputados que reduz a taxa de juros de financiamento para inovação e digitalização do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A medida, que foi incluída como “jabuti” numa medida provisória, agora segue para o Senado. Uma ala do setor financeiro é crítica à medida, argumentando que a redução dos juros usando recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) é uma forma indireta de subsídio.
Se a redução for aprovada, projetos de inovação e digitalização serão remunerados pela Taxa Referencial (TR) em vez da Taxa de Longo Prazo (TLP). As entidades afirmam que a medida viabilizaria financiamento de R$ 5 bilhões por ano.
Em notas divulgadas, a Fiesp, a Abimaq e o Ibram defendem a medida e pedem sua aprovação no Senado. A Fiesp destaca que a mudança “adiciona recursos ao sistema nacional de inovação, alinhado às melhores práticas internacionais, reforçando recursos já ofertados pela Finep [Financiadora de Estudos e Projetos] nessa modalidade para fomentar uma indústria cada vez mais moderna e competitiva”.
Já a Abimaq considera que a medida melhora a oferta de recursos com custos “compatíveis” e torna o processo mais acessível às necessidades específicas das empresas.
O Ibram, por sua vez, afirma que o aumento dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação é fundamental para combater o processo de desindustrialização do Brasil e aumentar a densidade da pauta exportadora.