A Ryanair, maior companhia aérea europeia em número de passageiros, e a fabricante americana Boeing encerraram sua longa disputa ao anunciarem um contrato para o fornecimento de até 300 aeronaves.
O acordo envolve os jatos de passageiros 737 Max 10, que têm previsão de entrega entre 2027 e 2033. Embora o valor do contrato seja estimado em mais de US$ 40 bilhões, é importante ressaltar que fabricantes costumam oferecer descontos significativos em grandes encomendas, em relação aos preços de tabela.
O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, passou os últimos 18 meses criticando a Boeing por seus preços e problemas de produção, que resultaram em atrasos e contratempos na entrega das aeronaves. No entanto, O’Leary comparou a relação entre as empresas a um casamento, afirmando que apesar das brigas e separações ocasionais, eles sempre acabam se reconciliando.
A Ryanair destaca que o novo pedido permitirá um aumento de 80% no tráfego aéreo nos próximos dez anos. Além disso, ressalta que os 737 Max 10 comportam mais passageiros, consomem menos combustível e são mais silenciosos em comparação aos 737 que serão substituídos.
A notícia da encomenda é positiva para a Boeing, uma vez que sua principal concorrente, a Airbus, tem superado a empresa em número de entregas de aeronaves neste ano. Em abril, a Boeing enfrentou problemas ao entregar menos da metade das aeronaves em relação ao mês anterior, devido a um defeito de fabricação que levou à interrupção de alguns envios de seu jato mais vendido, o 737 MAX.
