O setor dos fundos imobiliários foi afetado por boas novas na quarta-feira (10/05). O Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) passou por mudanças recentes, com a inclusão de cinco portfólios. A maior parte das novas opções é vista como de perfil semelhante entre si, com proposta de surfar o cenário conturbado de crédito.
A atualização da carteira incluiu Cyrela Crédito (CYCR110, JPP Allocation Mogno (JPPA11), Vinci Credit Securities (VCRI11) e JPP Allocation Mogno (JPPA11), todos de recebíveis imobiliários, além do JS Ativos Financeiros (JSAF11), um fundo de fundos (FOF). A configuração atual vale até o dia 31 de agosto deste ano.
Em entrevista ao E-Investidor, Lana Santos, especialista de Fundos Imobiliários e sócia da Acqua Vero, explica que a manutenção da taxa de juros no patamar atual de 13,75% ao ano por um período mais longo pode beneficiar esses fundos. “Esses fundos estão sendo negociados com desconto, enquanto pagam dividendos acima de 1% ao mês.”
Apesar de haver oportunidades entre os novos ativos, o cenário de incertezas mantém os riscos elevados. Com a manutenção dos juros em patamar restritivo por um longo período, a situação financeira das companhias tem se deteriorado, em especial às ligadas a varejo, lazer, hotelaria e multipropriedade.
“Os casos de inadimplência no pagamento de aluguéis, parcelas de CRIs, e mesmo pagamento de fornecedores, tornaram-se recorrentes no início de 2023. Com isso, os fundos de recebíveis ficam mais expostos”, explica Santos.