Durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre, o diretor executivo (CEO) da CVC Brasil, Leonel Andrade, expressou sua defesa pela regulamentação do setor de turismo no Brasil, após a controvérsia envolvendo a Hurb, com clientes preocupados com suas viagens e o governo cobrando a empresa.
O CEO destacou a importância de uma regulamentação séria, argumentando que todas as empresas que vendem acima de R$ 200 milhões em viagens deveriam ter balanços públicos e auditados. Segundo ele, a ausência de balanços dos concorrentes pode resultar em surpresas e impactos negativos no setor.
“Há competidores que fazem venda a descoberto, sem passagem emitida, sem hotel. Isso, para mim, é uma empresa de empréstimos, não de turismo. Sou defensor de que o setor de turismo do Brasil precisa de regulação séria”, explicou o gestor.
A situação tem gerado desconforto com fornecedores e clientes, com companhias aéreas e hotéis demonstrando relutância em estabelecer parcerias e os consumidores hesitando em adquirir viagens.
O CEO enfatizou que não tem satisfação em ver competidores enfrentando problemas e ressaltou que tem mantido diálogos com autoridades competentes sobre o assunto. Ele alertou para a disfunção crescente no setor e defendeu a proibição das vendas a descoberto, afirmando que não se pode vender um produto que não se possui.