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Bancos credores pressionam venda da participação da Petrobras na Braskem

Os bancos credores da Braskem estão traçando uma estratégia para pressionar o governo e garantir que a Petrobras, segunda maior acionista da empresa, concorde em vender sua participação de 38% na petroquímica para a Adnoc, estatal controlada pelo governo de Abu Dhabi, e o fundo americano Apollo.

Essa estratégia visa influenciar a Novonor (antiga Odebrecht), que atualmente detém um pouco mais de 50% das ações, a aceitar a venda. A Braskem deve cerca de R$ 14 bilhões para Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Safra, e essas instituições concordam em receber parte do pagamento em dinheiro e outra parte em ações convertidas da “nova Braskem”.

O fato de o Banco do Brasil e o BNDES, que são controlados pelo governo federal, serem credores, torna essa estratégia ainda mais relevante junto ao Palácio do Planalto. No entanto, como a proposta feita pelo grupo árabe não é vinculativa, é provável que os acionistas busquem melhorar ainda mais a oferta de R$ 47 por ação, que inclui um prêmio de 135%.

Além de possuírem ações da petroquímica adquiridas no mercado, os bancos receberam suas próprias ações da Braskem como garantia pelos empréstimos concedidos no passado. No limite, caso haja dificuldades na negociação para venda do controle, alguns bancos cogitam acionar mecanismos para executar essas dívidas e obter posse das ações oferecidas como garantia. Posteriormente, poderiam vendê-las para os investidores árabes.

Essa movimentação dos bancos credores busca encontrar uma solução para a dívida da Braskem e garantir uma venda vantajosa da participação da Petrobras na empresa, visando a estabilidade financeira e o futuro da petroquímica.

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