A taxa de participação no mercado de trabalho do Brasil está abaixo dos níveis pré-pandemia em todas as faixas etárias pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No entanto, a diferença é mais acentuada entre os jovens, de acordo com dados divulgados pelo instituto.
O índice mede a proporção de pessoas com 14 anos ou mais que estão inseridas na força de trabalho, seja ocupadas (com algum tipo de trabalho) ou desempregadas (à procura de emprego). Essa taxa serve como um termômetro para avaliar a atratividade do mercado de trabalho, dependendo do contexto econômico.
No primeiro trimestre de 2023, a taxa de participação no Brasil foi estimada em 61,6% de forma geral. Isso representa uma queda de 1,8 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2019 (63,4%), antes da pandemia.
Entre os jovens de 14 a 17 anos, a taxa de participação no primeiro trimestre de 2023 foi de 17,2%. Com esse resultado, ainda ficou 2,8 pontos percentuais abaixo do mesmo intervalo de 2019 (20%). Essa diferença de 2,8 pontos percentuais é a maior registrada entre as cinco faixas etárias da população analisadas pelo IBGE, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.
Especialistas afirmam que os jovens geralmente enfrentam mais dificuldades para ingressar no mercado de trabalho devido a fatores como a falta de experiência. Entre os jovens de 18 a 24 anos, a taxa de participação foi de 68,3% de janeiro a março de 2023, o que representa uma queda de 1,5 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2019 (69,8%).
Na faixa etária de 25 a 39 anos, a taxa de participação é mais alta, estimada em 81,3% no primeiro trimestre de 2023. No entanto, esse indicador ainda ficou 1,2 ponto percentual abaixo do mesmo período pré-crise (82,5%).
Economistas preveem um cenário semelhante para os próximos meses, com uma participação menor no mercado de trabalho em comparação com 2019, especialmente entre os jovens.









