Desde os primórdios da era dos computadores pessoais, percebemos a importância de fornecer soluções verticais que atendam às necessidades específicas dos usuários. Agora, esse conceito está se expandindo para o mundo das redes sociais, com o surgimento de plataformas dedicadas a interesses e comunidades específicas.
Enquanto as principais mídias sociais como Facebook e Twitter se tornaram espaços abrangentes para compartilhar informações, cada vez mais pessoas estão buscando uma experiência mais personalizada, baseada em suas histórias de vida e preferências. A segmentação vertical se tornou a chave para atender a essas demandas.
Por exemplo, o NextDoor criou uma rede social local para vizinhanças, enquanto o Mastadon formou comunidades temáticas com base nos interesses das pessoas. O Snap concentra-se em conectar familiares e amigos de forma mais íntima. Essas plataformas estão ganhando espaço à medida que as pessoas buscam comunidades online mais direcionadas e relevantes para seus interesses.
Os principais sites de mídia social, por outro lado, enfrentam desafios com a perda de usuários, que veem essas plataformas como veículos corporativos impulsionados por algoritmos que não compreendem genuinamente suas necessidades e interesses. O declínio está impulsionando o crescimento de novos sites de nicho que se concentram em atender a demandas específicas.
Essa tendência reflete a estratégia já adotada no mundo da mídia impressa e em sites de conteúdo baseados na web. Revistas e sites especializados em interesses específicos, como casamentos, gastronomia e automóveis, têm conquistado um público fiel. Agora, essas “revistas verticais” estão ampliando seu alcance com a criação de redes sociais próprias ou aproveitando sites amplos, como Facebook e Instagram, para atingir seu público.
No entanto, especialistas preveem que os sites de mídia social amplos perderão relevância à medida que plataformas mais dedicadas e alinhadas aos interesses das pessoas ganhem popularidade. Essa mudança afetará não apenas o tempo gasto nas redes sociais, mas também o investimento publicitário, já que empresas estarão mais inclinadas a anunciar em plataformas que atendam diretamente aos interesses de seus públicos-alvo.
O futuro das redes sociais está na verticalização, com plataformas que compreendem e atendem às necessidades específicas dos usuários. Os principais sites de mídia social ainda terão seu lugar, mas o crescimento de plataformas segmentadas representa uma ameaça real para essas redes convencionais. A mídia social baseada em interesses está redefinindo o cenário e tornando-se o novo padrão na forma como nos conectamos e compartilhamos informações online.









